Dados do autor
NomeVera Alves Cepêda
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Federal de São Carlos UFSCar
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoLa tradición de la derecha en las Américas: Pensamiento conservador y activismo desde una perspectiva hemisférica
TítuloA nova direita brasileira e os fundamentos de uma filosofia social do conflito
Resumo

A nova direita brasileira e os fundamentos de uma filosofia social do conflito
A última década no Brasil foi marcada por uma grave crise política e pelo surgimento de um campo expressivo denominado nova direita. A força da nova direita advém de sua presença institucional no executivo (elegeu o presidente Jair Bolsonaro) e legislativo (elegeu uma robusta bancada de deputados e senadores nas eleições de 2018), mas também do ativismo político e movimental que consolidou um segmento social orbitando em torno de uma agenda que mescla uma combinação original entre ultraliberalismo econômico, conservadorismo moral e hiper-valorização do senso comum em oposição às tradicionais fontes organizadoras da opinião pública (instituições acadêmicas, fontes de pesquisa, grupos intelectuais e culturais). Neste trabalho pretende-se examinar dois aspectos que articulam e cimentam a visão de mundo da nova direita brasileira: a aversão a linguagem intelectual e o papel icônico assumido pela ideia-chave mercado neste segmento. No primeiro aspecto é examinado o deslocamento semântico dado aos termos ideologia, comunismo e ciência como meio de aceleração de conflitos (matriz fundamental da gramática da nova direita), da promoção de desordem cognitiva (percepção e fontes de percepção do real, acervo explicativo acumulado) e disputa sobre as bases de legitimidade para orientação das escolhas sociais (racionalidade vs valores, objetividade vs subjetividade). No segundo aspecto apresenta-se como hipótese explicativa para a associação entre religião (em especial os grupos evangélicos) e o ultraliberalismo econômico a centralidade da concorrência e da disputa como bases da vida social, retomando e radicalizando a filosofia social do laissez faire e da validade da lógica da destruição criadora. Trata-se, ao cabo, da configuração de um sistema explicativo dotado de alta coerência e capacidade de arrasto em situações sociais de crise e de recursos escassos, pautados em uma ética de salvação de al

Palavras-chave
Palavras-chave
  • nova direita
  • teoria social
  • economia
  • religião
  • intelectuais