Avaliação: Towards a Southern Afro-Brazilian and Afro-Latin American Epistemology: a necessary debate on Critical Theory – DECOLONIZAR IMAGENS: QUANDO O DOCUMENTARISTA DIALOGA COM A EDUCAÇÃO

O documentário brasileiro feito por mulheres negras é cada vez mais frequente e muitos dialogam com a ancestralidade, a memória, as falas e os silêncios sociais e históricos, possibilitando a reflexão sobre o cotidiano, o real, o imaginário e a resistência. Observa-se que com o nascimento de muitas cineastas, nasceram também importantes pesquisadoras ou vice-versa. Este trabalho apresenta como objetivo, analisar a decolonização da imagem através da linguagem fílmica e sua força transformadora nas futuras narrativas, reforçando a necessidade de observar o trabalho destas mulheres enquanto pesquisadoras e pensadoras do cinema negro como dispositivo de construção da nação.
O estudo comporta a análise de filmes como: Filhas de Lavadeiras (2019), de Edileuza Penha de Souza e Família Alcântara (2004), de Lilian Sola Santiago e o importante trabalho de pesquisa destas cineastas. Edileuza Penha é professora da UNB, historiadora, mestre em educação e contemporaneidade e Doutora em educação e comunicação, foi estudante na Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Banõs – República de Cuba. Lilian Sola Santiago é historiadora, mestre em Integração da America Latina, Doutora em Meios e Processos Audiovisuais e professora de Documentário do Instituto de Cinema. Para estas mulheres negras e cineastas, reescrever a construção social do negro através do cinema significa dialogar com suas próprias trajetórias de intelectuais e pensadoras.
A necessidade é justamente observar o quanto desta trajetória acadêmica ressoa em suas obras cinematográficas. Na composição de um novo espaço do cinema negro, uma nova geração de cineastas constrói um diálogo com a academia por meio de suas pesquisas, questionamentos e docências.

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