Dados do autor
NomeAyalla Mendes
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP
Sua titulaçãoGraduado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática15. Filosofia e Pensamento
Grupo TemáticoTowards a Southern Afro-Brazilian and Afro-Latin American Epistemology: a necessary debate on Critical Theory
TítuloEMOÇÕES QUE CORPORIFICAM ENTRE-LUGARES RACIAIS E PROCESSOS DE ALIENAÇÃO DA IDENTIDADE RACIAL NEGRA.
Resumo

O presente artigo propõe discutir como a representação das emoções e a construção de afetos se relacionam com concepções e categorias racializadoras. Por entender que o discurso sobre as emoções e a construção de subjetividades constitui um dos mais poderosos instrumentos de dominação social (LUTZ, 2012), objetiva-se explorar como uma micropolítica das emoções e da moral atravessam processos de alienação da identidade racial negra, e como corporificam intervalos de sentidos ou possibilidades de entre-lugares raciais da experiência vivida.

Seguindo alguns questionamentos do campo da antropologia das emoções e dos debates teóricos sobre interseccionalidade e relações raciais no Brasil (MOUTINHO 2014), pretendo analisar possíveis tensões, contradições e intercambialidades que tangenciam processos de reconhecimento da identidade racial. Em vista disso, a observação participante me permite, sem perder em rigor metodológico, maior liberdade para uma escuta atenta dos relatos de si, seja por meio de testemunhos, entrevistas, dinâmicas do cotidiano escolar ou docências compartilhadas. Para tanto, faz-se necessário revisitar os fundamentos e as críticas da ideologia da mestiçagem no Brasil (MUNANGA, 2019), assim como pensar o lugar das emoções em sua dimensão institucional – a escola – e em sua dimensão intelectual – a produção do conhecimento no decorrer do trabalho de campo (COELHO, 2019).

Em termos de resultados esperados, objetiva-se apreender como a cultura escolar e os processos pedagógicos, não apartados de suas afetividades e assimetrias, (in)formam relações sociais mais amplas. Na tentativa de investigar como as narrativas emocionais são incorporadas e atualizadas nas estruturas temporais de nossas relações, produzindo zonas de silêncio ou reivindicações compartilhadas (DAS, 2011). Como as relações escolares podem operar processos de (re)significação de sujeitos racializados? Como a escola legitima ou deslegitima estas relações?

Palavras-chave
Palavras-chave
  • identidade racial
  • alienação da identidade racial negra
  • antropologia das emoções
  • racismo escolar
  • pardo