Dados do autor
NomeAna Claudia Florindo Fernandes
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoFACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEUSP
Sua titulaçãoDoutorando
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática15. Filosofia e Pensamento
Grupo TemáticoTowards a Southern Afro-Brazilian and Afro-Latin American Epistemology: a necessary debate on Critical Theory
TítuloAS RELAÇÕES ENTRE A ORALIDADE FORMULAR E A “CORPORALIDADE” DA ESCRITA: PERSPECTIVAS METODOLÓGICAS COM VISTAS À CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA
Resumo

O presente trabalho traz como objetivo central a reflexão sobre o processo de letramento na educação básica brasileira, por meio do estudo de uma epistemologia interseccionada e transversal entre culturas urbanas de matriz africana e o currículo do ensino público, que dialoga com a crítica da colonialidade étnico-racial e de gênero (MALDONADO-TORRES, 2020). A ideia é discutir práticas metodológicas implicadas na efetivação da Lei 10.639/03, que altera a LDB 9394/96 e torna obrigatório o ensino da história e cultura africana, indígena e afro-brasileira nas escolas do Brasil. Muitos estudos (GONZALEZ, 2020; LUCCHESI, 2009) têm apontado que os conhecimentos tradicionalmente explorados no ensino da língua portuguesa estão fortemente marcados por uma cultura etnocêntrica e eurocêntrica, concebida como superior e civilizada em relação, particularmente, às culturas de matriz africana e indígena. Os materiais escritos, a despeito de todo o repertório oral, constituem o eixo central das propostas didáticas, por vezes baseados em um acervo colonial de saber desconectado da realidade vivida pelos alunos, em especial da escola pública e periférica. Nesta perspectiva, busca-se pensar em que medida ações pedagógicas baseadas na oralidade formular (fundada sob os recursos estéticos e estilísticos que sustentam a preservação da memória e dos ensinamentos transmitidos oralmente) podem potencializar a aprendizagem da língua escrita por meio da valorização de um ensino que privilegie a narrativa oral como modo de transmissão da experiência e do conhecimento (hooks, 2017), bem como o repertório ancestral formado pela cultura, tradição e pensamento afrodiaspóricos, trazendo para dentro do currículo escolar uma modalidade linguística que pode favorecer a superação de tensões no processo de construção da escrita e enriquecer a sua “corporalidade” (BELINTANE, 2017; ONG, 1998), com vistas à construção de uma educação emancipatória e antirracista.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • LETRAMENTO
  • ORALIDADE FORMULAR
  • EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E EMANCIPATÓRIA
  • CURRÍCULO
  • RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS