Avaliação: O Planejamento Regional na América do Sul (1950-1960): estudos e experiências para o desenvolvimento regional e para a organização de territórios – A teoria dos polos de desenvolvimento e a sua aplicação em planos brasileiros. O caso do Plano de Desenvolvimento do Paraná

O artigo discute o conceito da teoria dos polos de desenvolvimento, a sua aplicação planos regionais realizados para São Paulo e Sul do Brasil, demonstrando as ressonâncias dessa teoria nos meios acadêmicos e profissionais brasileiros, no âmbito dos órgãos e instituições nas quais se discutiam o planejamento e o desenvolvimento a partir de ações estatais, como CIBPU (Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai), CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) e I Seminário de Polos de Desenvolvimento – 1966, principalmente. Em seguida, aborda-se a conjuntura econômica, populacional e política do Paraná entre 1950 e 1970, analisando-se o conceito de polos no Plano de Desenvolvimento do Paraná, de 1963, elaborado pela SAGMACS, e a sua efetividade nas políticas públicas territoriais dos governos estaduais paranaenses a partir de meados da década de 1960. Como percurso metodológico, a pesquisa aborda literatura sobre o tema, além de documentos recolhidos em diversos acervos, públicos e privado, que se relacionam aos planos regionais e estaduais e às suas concepções teóricas. A pesquisa demonstra que a teoria dos polos de desenvolvimento esteve presente nos planos brasileiros, e, apesar de flagrantes divergências em relação ao conceito original, houve efetivo esforço estatal para o planejamento do território no período estudado, com consequências importantes para a economia do estado do Paraná que passou a figurar como um dos estados mais prósperos do país a partir da década de 1960.

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