Dados do autor
NomeEtienne Sauthier
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversité Paris 3 Sorbonne Nouvelle - CREDA (UMR7227)
Sua titulaçãoDoutor
País de origem do autorFrança
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoHistória dos Livros e dos Textos
TítuloNão há ilha (exílio) que seja uma ilha: Roger Caillois em Buenos Aires, nó da circulação editorial e das letras francesas nas américas durante a Segunda Guerra Mundial.
Resumo

Roger Caillois passa o ano de 1939 em Buenos Aires. Em 1940, ele decide prolongar sua estada e lança a revista Les Lettres Françaises. Esse é um momento de parêntesis em sua vida e vários de seus correspondentes tornam-se mais raros, sendo substituídos por interlocutores ligados ao exílio ou pessoas que, como ele, também se encontravam no continente.
A revista francesa de Caillois, financiada pelo grupo Sur e sediada em seu endereço tem o objetivo de representar a presença francesa em terras americanas no contexto da Segunda Guerra Mundial. A sua abrangência extrapola o território americano. A leitura da correspondência de Caillois evidencia as relações da revista (envio ao exterior, assinaturas, propostas de artigos, etc.) com Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Suiça e Venezuela, dentre outros.
Paralelamente Caillois funda uma coleção editorial na capital argentina, La Porte Etroite, que publica ou tenta publicar, entre outros, Supervielle, Breton, Malraux, Nabokov e Verger. Veremos na correspondência de Caillois que Buenos Aires é um nó de uma rede americana de circulação da edição francófona durante a Segunda Guerra Mundial.
É preciso sublinhar que, embora viva em Buenos Aires, Caillois não deixa de viajar pelas américas durante esse período: ele encontra pessoas, favoriza a circulação de sua revista e de seus livros e negocia colaborações intelectuais para suas publicações.
Esse trabalho terá como objetivo demonstrar que, durante os anos da Segunda Guerra Mundial, editores, em vários lugares do continente americano, tentaram constituir uma presença literária francesa. Esse contexto propiciou encontros de intelectuais e editores, fazendo com que a edição francesa nas américas da Segunda Guerra Mundial se alimentasse tanto de encontros quanto de viagens e de projetos de coedição possivelmente internacionais. Dessa maneira, observamos, para além dos campos operacionais da Segunda Guerra Mundial, uma presença editorial francesa que sobreviveu nas américas

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Edição
  • Segunda Guerra Mundial
  • França
  • Americas
  • Exilio