Dados do autor
NomeGrayce Bonfim Souza
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoO Atlântico Ibérico: diálogos socioculturais da modernidade à contemporaneidade
TítuloInquisição portuguesa, fontes documentais e ensino de História da Bahia: Explorando narrativas
Resumo

Por solicitação do rei D. João III, em 1536 o papa Paulo III emitiu a bula cum ad nahil magis oficializando o estabelecimento da Inquisição Portuguesa. O argumento de concentração de “gente da nação” e o crescimento de práticas judaicas na colônia foram as justificativas para o início efetivo da ação do Santo Ofício no Brasil, embora desde muito antes pessoas vistas como hereges já tivessem sido encaminhadas pelo bispado para os cárceres de Lisboa. Na Bahia duas foram as visitações: a primeira de 1591 e 1593 sob a responsabilidade do licenciado Heitor Furtado de Mendonça, enviado pelo arquiduque da Áustria (também governador e Inquisidor-Geral em Portugal); e a segunda, ainda no período da União Ibérica, tendo por visitador Marcos Teixeira e durou de 1618 a 1620. Fora estes períodos, a ação do Tribunal se fazia presente por meio de uma forte rede de oficiais (sobretudo Comissários e Familiares) encarregados de assegurar o controle na colônia de questões no tocante a fé e moral católica. Os documentos - processos de habilitações, Cartas entre Comissários e inquisidores, Cadernos do Promotor, Cadernos do Nefando, etc. - deixados ao longo de três séculos de atuação da Inquisição são fontes de grande relevância para pesquisadores que se debruçam sobre a América Portuguesa. Os registros referentes ao Brasil não se restringem apenas às práticas e ideias de uma coletividade, mas também às particularidades e individualidades dos que viveram no período colonial; temos por meio destas fontes a possibilidade de perceber a história social em suas múltiplas dimensões: mentalidade, cotidiano, religiosidade manifesta... Assim, nas últimas décadas pesquisadores do Período Colonial estão se voltando com maior frequência para a documentação referente ao Santo Oficio contribuindo significativamente com o trabalho do professor de história em sala de aula, sobretudo com o papel de intermediar a relação discente e fontes documentais no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Santo Ofício português
  • Bahia colonial
  • Ensino de História
  • Fontes inquisitoriais