Dados do autor
NomeTeresa Faria
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática14. Estudios Sociales
Grupo TemáticoLas ciudades latinoamericanas y sus múltiples fronteras: encuentros y desencuentros
TítuloCondomínios fechados: segregação, fragmentação e novas fronteiras urbanas
Resumo

O processo de urbanização espraiada (urban sprawl) tem se intesificado nessas primeiras décadas do século XXI. Em especial nas cidades médias que tiveram a produção agrícola como principal atividade econômica, que erradicadas ou em decadência, deixaram uma enorme quantidade de terras “ociosas” nas bordas e periferias urbanas. Essas terras são “liberadas” em benefício do capital que reestrutura os espaços das cidades, transformando o uso do solo, a paisagem e os conteúdos e significados das periferias. Estas ocupadas por favelas, loteamentos clandestinos, conjuntos habitacionais populares, passam a receber condomínios verticais e horizontais fechados para grupos sociais de média e alta renda. Enclaves fortificados que além de segregar e fragmentar o espaço urbano criam fronteiras marcando a diferenciação entre um mundo “ordenado”, “limpo”, “seguro”, “homogéneo”, e o exterior “caótico”, “ameaçador”, “diverso”. Em Campos dos Goytacazes, cidade média, do norte do estado do Rio de Janeiro, esse processo teve início nos anos 1980. Aqui analisamos esses condomínios que foram construídos contíguos a antigas favelas situadas às margens do rio Paraíba do Sul, e que hoje se econtram quase invisíveis, atrás dos muros dessas edificações e da UENF, universidade pública que ali foi instalada, em 1993. Discutimos que essa proximidade espacial veio dar outra conotação ao fenômeno de segregação social. Por outro lado, os enclaves são verdadeiras fronteiras urbanas (in)transponíveis e o campus universitário, embora permeável, é cercado e vigiado por seguranças. Interessa-nos compreender e explicar essa realidade socioespacial e os novos conteúdos materiais e simbólicos Quais as relações entre as favelas e seu entorno? Como os seus moradores vêm e transpõem as fronteiras? Os muros viram varais, garagens. A Uenf uma perspectiva de trabalho e para as crianças e jovens um local de lazer, um “parque de aventuras” e de mil possibilidades com seus projetos voltados para elas.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • expansão urbana
  • condomínios fechados
  • segregação socioespacial
  • fronteiras urbanas
  • permeabilidade urbana