Dados do autor
NomeFilippo Lenzi Grillini
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade de Siena
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorItália
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Nome completoCélia Nunes Correa "Xakriabà"
TitulaçãoMestre
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Proposta de Paper
Área Temática08. Educação
Grupo TemáticoPovos indígenas, desafios contemporâneos e a construção de novos saberes: experiências de indigenização da universidade e da escola
TítuloPresença indígena nas universidades e protagonismo político: processos de “indigenização”
Resumo

O que Joenia Wapichana (a primeira mulher indígena a ser eleita deputada federal no Brasil), Sônia Guajajara (primeira candidata indígena a co-presidência do país) e Luiz Eloy Terena (o primeiro advogado indígena a falar em defesa dos direitos dos povos ameríndios, em uma sessão do Supremo Tribunal Federal) têm em comum? Além de serem indígenas, todes se formaram em universidades.
Os autores deste paper propõem-se analisar em que medida a presença indígena em diferentes níveis do sistema educativo do País (em alguns casos graças a programas diferenciados) contribuiu a “indigenizar” estes cursos (Sahlins 1999), favorecendo a transformação das suas práticas educativas.
Além disso, o nosso objetivo é refletir sobre as possíveis evoluções destes processos para entender se seria possível pensar em novas perspectivas que contribuem a indigenizar também os campos nos quais jovens ativistas indígenas estão atuando no sentido da luta pelos direitos dos próprios povos.
As atuações destes novos atores nos campos legais e políticos podem contribuir a tornar o Direito mais polifônico, ou a desconstruir discursos políticos dos não indígenas através de narrativas contrahegemônicas que permitam oferecer aportes inovadores nos debates e nas arenas políticas nacionais e internacionais (inclusive sobre questões ambientais).
Vamos tentar refletir sobre estes assuntos unindo duas vozes: por um lado, a de uma professora e ativista Xakriabá que se formou através dos programas de educação diferenciada indígena, desde o ensino fundamental até o doutorado em antropologia hoje em curso e que se tornou referência no movimento indígena participando também de jornadas internacionais de denuncia e sensibilização; e, por outro lado, a voz de um antropólogo que desenvolveu pesquisas etnográficas tanto sobre o programa de educação indígena quanto sobre o protagonismo de professores Xakriabá na politica local (já que atuaram como prefeitos e vereadores) e nacional.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Povos indigenas
  • Indigenização da universidade
  • Indigenização da política