Dados do autor
NomeJuliana Matos
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Federal Fluminense UFF
Sua titulaçãoGraduado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática14. Estudos Sociais
Grupo TemáticoPrivación de la libertad en América Latina: desafíos para las políticas de Derechos Humanos
TítuloReabilitação através do saber: uma etnografia sobre práticas educacionais em uma escola prisional
Resumo

Este estudo é resultado do trabalho de campo desenvolvido na Penitenciária Esmeraldino Bandeira, localizada na cidade do Rio de Janeiro – RJ/ Brasil. A pesquisa se realizou nas dependências do Colégio Estadual Angenor de Oliveira – Cartola. O método utilizado foi o etnográfico, consistiu no acompanhamento das aulas em três turmas diferentes e nas conversas com alunos e professores. O objetivo da pesquisa foi tentar compreender como se desenvolve as práticas educacionais visando à vida livre e as relações que envolvem esse espaço educativo. Foram abordadas maneiras como a escola é percebida pelos reclusos como um espaço de aprendizado, distração e respeito, assim como a visão dos docentes sobre o funcionamento da escola e suas relações com os responsáveis da segurança. Abordam-se também questões relacionadas ao ambiente prisional como a superlotação, a presença das facções e suas influências no meio educacional. A situação prisional no Brasil é alarmante, possuímos a quarta maior população prisional do mundo. No ano de 1990 eram 90 mil presos e em 2014 esse número ultrapassou os 600 mil gerando um aumento de 575%. O percentual de crescimento das pessoas encarceradas no país a partir de 2000 cresce 7% ao ano, totalizando 116% no período que vai até 2014. E em relação à população brasileira esse dado é preocupante, visto que esta só cresceu 1,1 ao ano, totalizando 16% no período. Segundo dados do Infopen de 2014, se a população prisional mantiver esse ritmo de crescimento, em 2022 serão um milhão de indivíduos encarcerados. O perfil dos presos que superlotam as penitenciárias é em sua grande maioria composta por negros, pobres e de pouca escolaridade, onde 6% são analfabetos e 53% tem o ensino fundamental incompleto. Outros dados relevantes para um entendimento da complexidade prisional brasileira são os que exemplificam a capacidade que o sistema tem de abrigar esses presos onde, num universo de mais de 600 mil presos, as vagas são para um total de 376.669 gerando um

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Educação Prisional
  • Sistema Penitenciário
  • Políticas Públicas