Dados do autor
NomeBarbara Moraes
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoMuseu Nacional MN/UFRJ
Sua titulaçãoPost-Doctor
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática01. Antropologia
Grupo TemáticoLos secretos del Estado: Instituciones, poder y política
TítuloPráticas de quantificação e resistência: a institucionalização das estatísticas governamentais no Brasil
Resumo

O objetivo desta comunicação é pensar a produção de dados estatísticos como prática de conhecimento estatal. Para isso, retomaremos as controvérsias em torno da realização do primeiro censo no Brasil, aprovado por uma Assembleia Nacional em 1850, mas tornado irrealizável pela organização de uma revolta popular armada, bem como os embates em torno da posterior institucionalização das estatísticas através da criação da Sociedade Estatística do Brasil em junho de 1854. A ideia não é apenas reconstituir historicamente os rostos e processos que se articularam na institucionalização das estatísticas no Brasil em diálogo com uma série de movimentos internacionais, mas entender quais foram as narrativas e categorias acionadas em cartas, documentos e decretos que tornaram as estatísticas as ferramentas oficiais de produção de dados governamentais, como é o caso dos censos demográficos. Esses documentos estão disponíveis para acesso nos acervos do Arquivo Nacional e em compêndios sobre a história das estatísticas no Brasil, produzidas em sua maioria por atores associados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), como é o caso dos volumes da História das Estatísticas Brasileiras (SENRA, 2006). Essas reconstruções históricas, por sua vez, produzem também suas narrativas a respeito do papel das estatísticas, da medida e dos dados no desenvolvimento de “modernas instituições governamentais”. Trata-se, portanto, de uma leitura dos processos de constituição mútua das práticas estatísticas e das práticas governamentais em meados do século XIX. De maneira mais ampla, o objetivo deste trabalho é dialogar com a produção antropológica que tem pensado a prática de produção de dados governamentais e as estratégias de resistência daqueles que têm as suas identidades demarcadas e suas vidas categorizadas pelas estatísticas públicas.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Antropologia do Estado
  • Instituições governamentais
  • Práticas de conhecimento
Correções sugeridas

Para la presentación enfocarse y explicitar cómo se puso en práctica el método etnográfico, para así poder explicar y fundamentar los procesos de constitución mutua de las prácticas estadísticas y gubernamentales, a mediados del siglo XIX.