Dados do autor
NomeAntonio Iraildo Alves de Brito
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoFaculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação FAPCOM
Sua titulaçãoDoutor
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática15. Filosofia e Pensamento
Grupo TemáticoCultura, ideas e intelectuales de nuestra América - Cultura, ideias e intelectuais de nossa América
TítuloUma voz ancestral: Patativa do Assaré e o Sertão Encantado
Resumo

A narrativa telúrica do sertão na poética de Patativa do Assaré. O poeta como voz. A voz como “lugar simbólico que não pode ser definido de outra forma que por uma relação, uma distância, uma articulação entre o sujeito e o objeto, entre o objeto e o outro” (ZUMTHOR, 2007, p. 83). Patativa seria “o eco de um tempo poético muito vivo desde a baixa Antiguidade” (ZUMTHOR, 1993, p. 73). Na obra do poeta é possível verificar as paisagens de um sertão belo e capaz de interações múltiplas. Como uma composição barroca, nela se inserem os tipos humanos, a fauna, a flora, a música, a dança, as vestimentas, as indumentárias, a comida, a forma de andar, de falar, de trabalhar, de festejar; qual um quadro de complexidade, de afetos, de compaixão. Nossa abordagem trata de observar os elementos da cultura a partir dos processos criativos do poeta, considerando os artifícios literários que ele utiliza para narrar um sertão permeado de pequenos ingredientes da natureza: animais, pássaros, árvores, etc. A obra parece traduzir um sertão de muitas mesclas; mestiço e caboclo, apresentando um horizonte possível de continuidades e prolongamentos (LAPLANTINE; NOUSS, 2002). Ou, noutras palavras, o enredo de um sertão feito de processos móveis em suas múltiplas conexões, de percursos a transpor: bordas (FERREIRA, 2010). O método analítico-interpretativo leva em conta as indicações dos próprios poemas, dos encaixes e das mediações contidas neles (PINHEIRO, 2013). Considera-se o corpo como fonte e origem da comunicação. O corpo como catalisador de ambientes comunicacionais, pelo simples fato de estar presente (BAITELLO, 2008, p. 99).

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Sertão, telúrico, cordel, encantamento, cultura