Dados do autor
NomeGabriel Pereira Garcia
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Social, Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul PPGAS/FACH/UFMS
Sua titulaçãoMestrando
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
Nome completoFrancesco Romizi
TitulaçãoPós-Doutorado
País de origem do co-autorItália
InstituiçãoPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Social, Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul PPGAS/FACH/UFMS
Proposta de Paper
Área Temática01. Antropología
Grupo TemáticoAmérica y la colonización; indios, mestizos y europeos.
Título“Toda sexta-feira toda roupa é branca, toda pele é preta”: e quando a roupa e pele são brancas e a fé é preta? Diálogos sobre o empretecimento da sociedade pelo branco praticante do candomblé
Resumo

O terreiro é lugar de reterritorialização e manutenção de um modo de viver africano; é solo afro no Brasil, o qual historicamente se constituiu sob a dominação do colonialismo. Em particular, o terreiro de candomblé é espaço, onde as relações dessa força/influência colonialista são subvertidas. Os processos de negociação/interação étnico-raciais ali presentes podem tornar a presença de brancos um fator não só de embranquecimento dos pretos, mas também de empretecimento desses brancos e nossa sociedade. Com efeito, a partir de vivências espirituais e experiências comunitárias, pessoas brancas podem adquirir valores “pretos”, que posteriormente levarão consigo para outros âmbitos da vida social. É o que se percebe, por exemplo, do trecho da composição de Adriana Calcanhotto, que escreveu em sua estadia em Salvador, e em que se lê “toda sexta-feira toda roupa é branca, toda pele é preta”. Afinal, toda sexta-feira, em devoção à Oxalá, as vestes são brancas, para todos. É pela experiência religiosa do candomblé que os valores comunitários e de pertencimento, que remetem às identidades e processos históricos de matriz africana, revelam uma potência decolonial. Fundamentado em uma pesquisa etnográfica, calcada na observação participante e pela análise dos discursos dos interlocutores entrevistados, à sombra da discussão teórica da antropologia das religiões afro-brasileiras, o presente trabalho se propõe a trazer uma reflexão sobre como a religiosidade de matriz africana candomblecista exerce influência na constituição do indivíduo branco e como isso reverbera pela sociedade.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Decolonialidade
  • Embranquecimento
  • Empretecimento
  • Candomblé