Autor | clovis Brighenti |
---|---|
Sua instituição | Universidade Federal da Integração Latino-americana UNILA |
Co-autor | Carina Santos de Almeida |
Instituição co-autor | Universidade Federal do Amapá/Campus Oiapoque |
Área Temática | 08. Educação |
Título | Povos indígenas, desafios contemporâneos e a construção de novos saberes: experiências de indigenização da universidade e da escola |
Resumo | Esse GT visa reunir pesquisadores e estudiosos (indígenas e não indígenas) acerca de experiências de Ensino Superior e Educação Escolar Indígena enquanto possibilidades de construção de novos saberes; pesquisas que considerem os múltiplos elementos da indianidade e as conquistas de direitos em face aos Estados nacionais. As páginas recentes da história ainda desafiam a política e a ética nas sociedades quando se rememora os tempos obscuros e antidemocráticos do passado recente. Fomentar o protagonismo indígena a partir da “indigenização da educação” consiste em um enfrentamento epistêmico e um desafio ético nas sociedades latino-americanas tão marcadas por governos (ultra)conservadores e neocoloniais que vem desconsiderando a conquista de direitos e autonomia dos povos indígenas das últimas décadas. Anunciando a virada do milênio e a profusão de novas concepções, Marshall Sahlins problematizou que somente o estudo da cultura poderia resguardar, em essência, os meios de compreender a “organização da experiência e da ação humanas por meios simbólicos”. Suas reflexões sepultam definitivamente o “pessimismo sentimental” e reavivam a cultura indígena, destacando que convém ao mundo contemporâneo o entendimento sobre a complexa emergência do que nomina de “indigenização da modernidade”. Perspectivando a história, percebemos que os povos indígenas conseguiram extrair “de uma sorte madrasta” suas atuais condições de existência, vencendo escravização, doenças e epidemias, expulsão territorial e desapropriação, entre tantos outros episódios de violência dos tempos modernos. A educação escolar indígena e a universidade em toda a América Latina se transformaram em espaços singulares de (articulação de) saberes, exemplos pulsantes de experiências de indigenização da modernidade, oportunizando o domínio de linguagens e instrumentos aos indígenas em movimento na luta pelo reconhecimento na sociedade civil, na legislação e nas políticas públicas. |
Palavras-chave |
|