Dados do autor | |
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Nome | Andréa Valentim Alves Ferreira |
E-mail do autor | Email hidden; Javascript is required. |
Sua instituição | Universidade de Brasília UNB |
Sua titulação | Mestrando |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 06. Cosmovisões e Sistemas Religiosos |
Grupo Temático | Prácticas rituales a través de las Américas: simbolismo, mitología y tradición |
Título | Olubajé: O alimento servido para o Rei da Terra no contexto de organização e reciprocidade do Terreiro Ilé Axé Odé Onísèwe Wúre |
Resumo | O Olubajé faz parte dos rituais sagrados Tradicionais das Raízes de Matriz Africana, realizados pelos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiros e Matriz Africana, da nação Ketu-Nagô. Ele ocorre anualmente em celebração ao ancestral dedicado ao Orixá Omulu, podendo também ser conhecido como Obaluiaiê, Onilê, Xapanã ou Sapatá. É uma palavra em Iorubá e tem por significado “Olú” – aquele que; “Ba” – aceita; e, “Je” comer, ou seja: Aquele que aceita comer. Sua festa é marcada pelo compartilhamento de alimentos, o banquete de Orixá, é servido para todos os presentes no ritual, e tem por propósito trazer saúde e vida longa para aqueles que se alimentam das comidas ali servidas. Apesar de ser uma festa pública, aberta para que simpatizantes e visitantes de outros terreiros possam participar, há todo um processo anterior a este, que envolve a comunidade do terreiro como um todo. A organização social formada nestes espaços é fundamental para que a reciprocidade, ou o “hau” (Mauss, 2003) alcance o propósito do ritual que está sendo realizado. Diante disso, este trabalho tem como objetivo demonstrar a partir de um estudo empírico, no terreiro Ilé Asé Odé Onísèwe Wúre, como que a dádiva devolvida para o terreiro está no estreitamento dos laços espiritual, afetivo, de amizade, confiança e ética, ao se respeitar o ritual que ali está sendo realizado, a partir da festa Olubajé, ocorrida em 13 de agosto de 2022. Diante disso, o artigo demonstrará a importância do conhecimento Tradicional Oral, visando a continuidade das tradições e culto ancestral, perpassando por esse ritual que também se trata de um dos instrumentos de preservação da cultura para a próximas gerações que estarão presentes no Terreiro. |
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