Avaliação: Gênero, raça e renda: Como esses fatores atuam na vida de mulheres e as diferenciam? – O MERCADO DE TRABALHO ENTRE RESIDENTES E IMIGRANTES: UMA ANÁLISE EM TERMOS DE GÊNERO

RESUMO: Os deslocamentos humanos no espaço são tão antigos quanto a própria história do homem, isto é, muitos períodos de migrações já ocorreram durante a evolução da história e da economia. A percepção de que as decisões de migração são motivadas principalmente pelo mercado de trabalho (em busca de diferenciais de salários) é o ponto de partida de praticamente todos os estudos modernos sobre as decisões que levam as pessoas à migração. Além das dificuldades de inserção e integração social, existem ainda os problemas que podem ocorrer com relação a entrada no mercado de trabalho destes imigrantes no novo país. Somada a isso, pode existir uma discriminação em termos de gênero do imigrante, podendo haver ampla disparidade em termos de rendimentos e salários quando se discute a questão do imigrante homem versus mulher. Diversos estudos discorrem que o aumento da participação da mulher como provedora da renda familiar deu um grande salto a partir dos anos 1970, mantendo, concomitantemente, seu papel como mãe, esposa e responsável pela administração do lar. Estes e outros fatores condicionaram-na a um papel secundário no mercado de trabalho, com expressivas desigualdades de renda e de funções. Neste contexto, dada a discriminação que a mulher sofre no mundo de trabalho, e considerando as dificuldades encontradas pelos imigrantes no que se refere a obtenção de um emprego, este artigo tem como objetivo analisar a desigualdade (em termos de renda e de função) que a mulher-imigrante sofre no mercado de trabalho brasileiro, comparando-a com os homens-imigrantes e como os homens e mulheres residentes. Para isso, utilizar-se-á a pesquisa bibliográfica e documental, além de se proceder tratamento de dados de fontes secundária, como RAIS/PNAD/Portal da Imigração, usando da metodologia quantitativa.

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