Dados do autor
Sua instituiçãoUniversidade Federal da Integração Latino-Americana UNILA
País de origem do autorHaiti
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Sua titulaçãoMestre
Proposta de Paper
Área Temática01. Antropologia
Grupo TemáticoEl lado perverso del patrimonio cultural
TítuloO Patrimônio, o Parc National Historique e Milot - Haiti: Revolução, Resistência e Colonialidade
Resumo

O Parc National Historique (PNH-CSSR) compreende os monumentos da Citadelle Laferrière, do palácio Sans-Souci e das fortificações de Ramiers que foram edificados na cidade de Milot, no norte do Haiti, anos após a Revolução de 1791. Constituem-se em legados materiais desta revolução e um dos poucos patrimônios materiais de ressonância afro da América Latina e do Caribe. Esses monumentos, patrimônio cultural da humanidade e nacional haitiano, carregam o simbolismo da história de resistência da diáspora africana, no continente americano, uma vez que foram erguidos para defender a abolição da escravidão e a independência nacional de 1804. No entanto, a construção dos mesmos e o processo de patrimonialização foram impregnados de práticas violentas próprias da modernidade/colonialidade. Esses monumentos funcionam como “uma defesa contra o traumatismo da existência” (CHOAY, 2001, p. 18) e ao mesmo tempo como monumentos da barbárie (BENJAMIN, 1987), e, também como monumentos de orgulho, de insatisfação e de esperança - não muito utópica - por parte da população local. Nesse trabalho apresenta-se o contexto histórico no qual ocorreram as principais iniciativas voltadas ao patrimônio no Haiti, analisando a edificação do PNH-CSSR e seu processo de preservação. Também se discute a noção de patrimônio, problematizando-o como um campo de disputas e embates pela apropriação de narrativas sobre a nação, enfatizando tanto a memória histórica nacional oficializada pelo Estado como a memória social dos moradores de Milot acerca dos monumentos do PNH-CSSR, as relações sociais entretidas por essa comunidade com esse patrimônio.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • patrimônio cultural
  • Milot - Haiti
  • memória
  • (de)colonialidade