Dados do autor | |
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Sua instituição | Museu Paraense Emílio Goeldi MPEG |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
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Nome completo | Márcio Meira |
Sua titulação | Mestrando |
Titulação | Doutor |
País de origem do co-autor | Brasil |
Instituição | Museu Paraense Emílio Goeldi MPEG |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. História |
Grupo Temático | Historia de los pueblos amerindios: Tiempo y Memoria. Producción de conocimiento, semántica histórica y diálogo de sentidos |
Título | “Da nossa história quem sabe somos nós”: territorialidades, tensões e r-existências entre os Tenetehar-Tembé no alto rio Guamá (nordeste paraense) |
Resumo | A pesquisa analisa os processos históricos envolvendo a (re)construção e transformação do território/territorialidade e as dinâmicas socioculturais entre os Tenetehar-Tembé na região do alto rio Guamá, nordeste do estado do Pará. Trata-se de um trabalho transdisciplinar no campo da Etnologia e História Indígena, que incorpora a análise histórico-documental e, sobretudo, exercícios etnográficos e colaborativos com os Tenetehar-Tembé nas aldeias Sede, Ytwuaçu e Pinawá. Através da memórias e narrativas orais deste povo, intercruzadas com documentos escritos e imagéticos dos acervos do SPI e FUNAI, enseja-se discutir outras perspectivas para a História da Amazônia focadas na presença e agência deste povo indígena e nas complexidades culturais e sócio-espaciais ao longo do século XX. Neste contexto, os territórios dos povos indígenas na Amazônia brasileira sofreram impactos com o alargamento das políticas de colonização e integração da região visando à “comunhão nacional”. No caso dos Tembé, esse processo tornou-se mais incisivo a partir de 1945, quando da presença do SPI no alto rio Guamá e criação de uma reserva para localização de diferentes povos indígenas nessa região entre o Pará e o Maranhão (Tenetehar-Tembé, Timbira, Awá-Guajá e Ka’apor). Esta, por sua vez, trouxe novas condições de organização política, econômica, social, cultural e doméstica entre os Tembé no Guamá, imputadas sobre seu ancestral modus vivendis devido ao exercício de controle tutelar e imposição de condutas “civilizadoras” por parte dos agentes do órgão indigenista, tanto do SPI quanto posteriormente da FUNAI. Entretanto, essas novas experiências no âmbito da reserva, posterior Terra Indígena homologada em 1993, auxiliaram os Tembé a gestar outras territorialidades e modos de vivência grupal, servindo de resposta ao Estado-nação e desvelando violências e r-existências que articula(ra)m seus processos interétnicos e alicerçam suas culturas e conexões tradicionais com o território no Guamá. |
Palavras-chave | |
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