Avaliação: O Atlântico Ibérico: diálogos socioculturais da modernidade à contemporaneidade – Doenças, ideias e práticas de curas nos aldeamentos jesuíticos na Bahia (séculos XVI-XVII)

No ano de 1595, Pe. José de Anchieta fez publicar em sua Arte da grammatica da lingoa mais usada no Brasil algumas expressões acerca de enfermidades e mortandade entre as populações de língua tupi. Segundo o padre, “Xemaraâr” poderia ser traduzido como “estou doente”; “maraabóra” significava “o doente”; e, de maneira mais específica, “miraíba” era a temida “doença de bexigas” e o que era dela acometido “miraibóra”. A morte e as enfermidades estiveram presentes não somente nas gramáticas inacianas como também em seus relatos sobre as missões e aldeamentos no primeiro século. Sabidamente, doenças introduzidas a partir do processo de mundialização e conquistas ibéricas constituíram um expressivo fator no processo de conquista da América. Esta comunicação busca apresentar e debater relatos jesuíticos em correspondências e obras impressas sobre a temática das doenças e epidemias entre os "brasis", assim como apontar e analisar concepções de cura e práticas terapêuticas circulantes nos aldeamentos jesuíticos da Bahia no século XVI e primeiras décadas do século XVII.

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