Dados do autor | |
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Sua instituição | Universidade Federal de Sergipe UFS |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Doutor |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 19. Movimientos Sociales |
Grupo Temático | Movimientos sociales, naturaleza e historias de resistencia: voces de encuentros y desencuentros en las fronteras vivas de América. |
Título | Naturezas, território e contracapitalismo |
Resumo | No Ocidente pós-revolução industrial, "Natureza" converteu-se em recurso, agregado de valores, matéria-prima, reserva, mercadoria e commodities. Os Estados modernos ocupam-se em controlar o acesso a ela, garantindo que esta fonte possa suprir o sistema do capital baseado na produção/consumo de mercadorias e na obtenção de rendimentos em distintos mercados (incluindo os biomercados, como o de carbono). Alternativamente, nas cosmologias sul-americanas, assim como em outras partes do planeta, animais, plantas, montanhas, rios, céu e estrelas foram criados conjuntamente ou antes dos humanos, não diferenciando-se ontologicamente destes. São, ao menos potencialmente, “categorias de pessoas”, o que determinará outro registro de relação com a bioesfera, especialmente materializado nas relações que os povos indígenas sustentam com seus territórios. Essa diferença fundamental no modo de percepção e relação com a "Natureza" fez emergir formas muito diversas das do capitalismo de organizar a vida, seguindo modelos comunitários guiados por aquilo que Arturo Escobar identificou como "'ontologías relacionales" e "la lógica de lo comunal” (Escobar, 2014), modelos esses espontaneamente contra-capitalistas. A comunicação visa refletir sobre as ressonâncias e aprendizados possíveis de expressivos movimentos sociais indígenas que, nos últimos cinco anos, tomaram as ruas de grandes cidades da América Latina (La Paz, Lima, Quito, Santiago, Oaxaca, etc.), reivindicando não apenas direitos territoriais, mas direitos existenciais que contestam a "ontologia dualista" do capitalismo (Escobar, 2014) e apresentam alternativas à "abstração civilizatória" (Krenak, 2019) na qual o Ocidente mortalmente se afunda. |
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