Dados do autor | |
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Nome | Meire Silva |
E-mail do autor | Email escondido; Javascript é necessário. |
Sua instituição | Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE |
Sua titulação | Doutor |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 09. Estudos Culturais |
Grupo Temático | "Memorias y (auto) biografias: teorias y prácticas" / “Memórias e (Auto) Biografias: teorias e práticas” |
Título | Romances de uma violenta formação: memória, patriarcalismo e colonialismo na obra Isabela Figueiredo |
Resumo | Há numerosos exemplos de romances brasileiros, sobretudo entre os sécs. XIX e XX – em meio às teorias eugenistas de branqueamento – voltados às tentativas de apagamento dos traços da escravidão e do passado colonial. O mesmo aspecto pode ser observado nas literaturas africanas de língua portuguesa, sobretudo porque a colonização ainda é associada à mansuetude e, ao emergir entre os retornados – contrários ao modelo assimilado –, causa estranheza. Em chave freudiana, é possível conceber tais feridas como uma espécie de Unheimlich latente, mas manifesto em eterno retorno, como trauma inestancável do não lugar dessa identidade problemática. É fratura sempre exposta a indicar caminhos para a reflexão sobre as marcas nessas terras exploradas, principalmente, a partir da sondagem da mulher ante vozes geralmente masculinas, brancas e dominantes na literatura canônica. Isabela Figueiredo, em Caderno de memórias coloniais (2009) e A gorda (2016), traz o olhar da menina branca nascida em Moçambique – ainda que chamada de escritora portuguesa –, filha de pobres imigrantes portugueses estabelecidos em Lourenço Marques, atual Maputo. Viver ali após a independência de Portugal, somente um ano após a Revolução dos Cravos (1975), marca sua trajetória. A narrativa da menina precocemente enojada com a personificação do racismo na figura paterna caminha junto à descoberta de sua condição feminina e, portanto, alvo inevitável do autoritarismo patriarcal do colonizador desde o berço. |
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