Dados do autor
NomeGuilherme Conceição de Lima
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Da Integração Latino-Americana UNILA
Sua titulaçãoMestrando
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoExilios iberoamericanos: entre la resistencia y la represión
Título“El Vecino”: O Retrato do de uruguaios na Argentina e de argentinos no Uruguai Nos Informes "Nunca Más"
Resumo

O presente trabalho busca estabelecer uma abordagem transnacional e conectada das ditaduras argentina e uruguaia durante as décadas de 1970 e 1980. A pesquisa investiga as relações e os métodos de colaboração destes regimes ditatoriais no período em que se foi instaurado a aliança no Cone Sul das ditaduras e da Operação Condor, no modo que fora montado um discurso e combate aos indivíduos considerados subversivos. Amparado pelas documentações existentes reunidas pelos informes "Nunca Más" destes países, este estudo discute como fora articulado a visão construída do uruguaio na Argentina e do argentino no Uruguai, enquanto perdurou nestes países os regimes militares seguidores da Doutrina de Segurança Nacional (DSN).
Desta maneira, o trabalho parte especificamente para uma mirada mais demorada sobre a memória do estrangeiro argentino e uruguaio, e sua construção dentro dos informes Nunca Más de ambos os países após o fim de suas ditaduras nos anos 1980. Neste caminho trilhado, tem-se como centro perceber as nuances, narrativas e elaborações dos sujeitos e suas trajetórias, e de como as perspectivas de memória serão um fator fundamental para entender como fora retratado o “vecino” da outra margem do Rio da Prata nos informes.
Partindo da memória construída dos crimes cometidos pelas juntas militares durante o período em que estiveram à frente dos governos, os "Nunca Más" surgem como material utilizado no presente para denunciar aqueles que cometeram sistemáticas violações dos direitos humanos durante as ditaduras seguidoras da DSN na Argentina e no Uruguai.
A ideia é, portanto, perceber como se deu a presença do vizinho da outra margem do Rio da Prata retratado nas páginas de documentos como os Nunca Más, na elaboração do “outro”, seja este considerado um elemento subversivo ou agente responsável por ações de repressão orquestradas pelos estados autoritários platenses.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Memória, Repressão, Ditadura