Dados do autor
NomeAna Carolina Balbino
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Estadual de Campinas UNICAMP
Sua titulaçãoDoutorando
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoExilios iberoamericanos: entre la resistencia y la represión
TítuloEu, exilado: a reconfiguração da autoimagem do exílio argentino após a abertura dos processos de Madri
Resumo

Em 1996 se iniciou na Espanha um processo aos militares argentinos. Diferentemente de outras ações judiciais encabeçadas por países estrangeiros, o processo espanhol foi construído a partir da atuação direta de exilados argentinos que se mantiveram no país após o final da ditadura. A partir daquele momento, A Audiencia Nacional de Madrid abriu um espaço para a construção de novas memórias sobre a repressão. Para além do debate sobre a utilização dos conceitos jurídicos de genocídio e terrorismo, defendidos pela acusação, vítimas até então silenciadas passaram a encontrar um lugar, não apenas de denúncia, mas também de identificação nas centenas de histórias difundidas pelo processo.
A partir de entrevistas com exilados argentinos residentes na Espanha, esse artigo debate como a causa penal aberta pelo judiciário espanhol contra os militares argentinos permitiu que exilados reelaborassem sua história, reavaliassem a repressão vivida e buscassem reconfigurar seu papel em relação a Argentina que os expulsara, mas também na Espanha que os havia recebido. Buscando compreender como os exilados leram a atuação da justiça espanhola e de seus pares, analisamos como o processo madrilenho permitiu a reconfiguração da autoimagem do exílio argentino na Espanha.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • exílio argentino
  • justiça espanhola
  • repressão
  • trasnacionalidade