Dados do autor
NomeRafael Teixeira
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Estadual do Paraná UNESPAR
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoHistória(s) do cinema: formas de produção de memória e dimensões históricas
TítuloFábula, Infância e Representação do Horror em “Jojo Rabbit” (Taika Waititi; 2019) e “The Painted Bird” (Václav Marhoul; 2019)
Resumo

Dois filmes recentes, partindo de estratégias estéticas e discursivas diferentes, e tendo como protagonistas infantis, problematizam a questão da imagem do horror associada a perseguição e massacre dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Com enunciação forte, centralidade de personagem infantil, baseado em uma obra literária autobiográfica e trazendo como recurso principal a exposição constante a sucessivos episódios violentos, The Painted Bird (2019) narra a progressiva transformação de uma criança judia que precisa sobreviver na Europa (Tchecoslováquia) ocupada de 1942. Faz uso de uma linguagem clássica e episódica para exibir todas as histórias com signos de crua violência, apresentadas pela câmera de Marhoul. Em um caminho estético-argumentativo completamente diferente, Jojo Rabbit (2019), também baseada em uma peça literária (livro de Christine Leunens), perspectiva a narrativa em um menino alemão que descobre que sua mãe esconde uma menina judia em um dos quartos da casa, enquanto se apoia no amigo imaginário Adolf Hitler. Constrói sua linha narrativa utilizando fábula e alegoria no esforço de acompanhar o olhar fantasioso da criança, que deseja fazer parte da juventude hitlerista e, ao mesmo tempo, descobre o amor (e também o nega) no contexto da Alemanha nazista. O filme aciona elementos satíricos na contextualização do entorno violento, até que uma única cena dramática vista no final do filme, funciona como o gatilho da mudança do olhar da criança. Riso, escatologia dramática, profundidade das representações abjetas, deriva imaginária e tratamento ‘realista’ e ‘irônico’ de um tema sensível, serão as formas utilizadas nos filmes para abordar o tema da infância em um contexto de brutalidade (àquela vivida pelos judeus na Segunda Guerra Mundial). O trabalho procura discutir tais enunciações e estilos dramáticos\narratológicos apresentados nos filmes para correlacionar com a problemática do representável e irrepresentável, classicamente associado ao tema

Palavras-chave
Palavras-chave
  • representação e memória
  • Segunda Guerra
  • Humor escatológico