Dados do autor
NomeJosé Ricardo Cunha
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática15. Filosofia e Pensamento
Grupo TemáticoJusticia heterónoma y cosmopolítica
TítuloA Política a e a Ética da Alteridade na perspectiva do Sujeito da Injustiça Social
Resumo

Embora a injustiça possa ser considerada uma experiência subjetiva (em certa situação uma pessoa pode se sentir injustiçada e outra pessoa não), existe uma injustiça que pode ser aferida objetivamente e até mesmo quantificada por métricas e indicadores estatísticos: trata-se da injustiça social. Aqueles que estão expostos a esse tipo de injustiça, geralmente expressada em situações de exploração, opressão e exclusão, são os sujeitos da injustiça social. É preciso uma perspectiva da política que compreenda tais sujeitos a partir do imperativo de sua condição concreta e que, ao mesmo tempo, seja inspirada pelo dever ético da responsabilidade absoluta. O pensamento de Emmanuel Lévinas, com sua ética como filosofia primeira, parece propício para estruturar uma base filosófica que afirma a verdade a partir do lugar do outro e a responsabilidade incondicional que se deve ter por esse outro. Em se tratando, particularmente, do sujeito da injustiça social, a ética levinasiana oferece fundamentos propícios para entender que a responsabilidade sobre o outro implica uma abertura para o outro em sua própria outricidade, partindo da emergência de sua narrativa e da urgência de sua temporalidade.
A ética da alteridade em relação ao sujeito da injustiça social surge como uma consideração propriamente ética, mas transborda para o campo da ação política e exige de todos um comprometimento que implique, simultaneamente: 1) ampliar os espaços de manifestação dos explorados, oprimidos e excluídos; 2) ouvir e exercitar uma maior compreensão de suas demandas; 3) exercer a empatia para sentirmos o sofrimento com eles (não como eles); 4) apoiar suas formas próprias de organização; 5) denunciar permanentemente os mecanismos sociais que provocam as injustiças sociais; 6) manter o espírito crítico em alerta para que nossas ideias, palavras e ações não corroborem com a injustiça social.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Ética Heterônoma
  • Emmanuel Lévinas
  • Sujeito da Injustiça Social