Dados do autor | |
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Nome | Julio Rubin |
E-mail do autor | Email escondido; Javascript é necessário. |
Sua instituição | Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás |
Sua titulação | Doutor |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Email escondido; Javascript é necessário. | |
Nome completo | Rosiclér Theodoro da Silva |
Titulação | Doutor |
País de origem do co-autor | Brasil |
Instituição | Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás |
Nome completo | Marcos André Torres de Souza |
Email escondido; Javascript é necessário. | |
Titulação | Doutor |
Instituição | Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ |
País de origem do co-autor | Brasil |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 02. Arqueologia |
Grupo Temático | Historia indígena de larga duración en los dos mayores sistemas fluviales de Sudamérica: las cuencas del Amazonas y del Plata |
Título | PAISAGENS FLUVIAIS E MITOS: UMA APROXIMAÇÃO |
Resumo | As paisagens fluviais são complexas em decorrência da dinâmica que as caracteriza. Na Arqueologia, depara-se com rios de canais ou segmentos meandrantes, em que o canal pode mudar de posição. Essa mudança se dá em consequência de fatores naturais e antrópicos. Com isso, novas arquiteturas se associam, envolvendo principalmente diques marginais, barras de meandro e ox-bow lakes. A Arqueologia aborda essa questão há um bom tempo, por meio de técnicas e métodos específicos de investigação. Invariavelmente, as abordagens arqueológicas mencionam a planície de inundação como fonte de captação de recursos, como os argilominerais usados na confecção de vasilhames cerâmicos. A etnoarqueologia tem fornecido subsídios para análise e interpretação das paisagens fluviais. Essa perspectiva é aplicada neste trabalho, centrado nos resultados obtidos, ao longo de 10 anos, na região do Rio Araguaia (Berohoky - o grande rio), Centro-Oeste do Brasil, ocupada por grupos indígenas como Karajá e Javaé. Ao analisarmos mitos destes grupos, destacamos o da cobra gigante ou Boiúna que vive no fundo do rio. Alguns ribeirinhos e indígenas a consideram como responsável pelos eventos sísmicos de baixa intensidade que ocorrem na área. O mito do Boto impõe limites quanto à utilização de determinados espaços das praias do rio. O mito dos Karajá do fundo alude que esse grupo habitava o fundo do rio, mas saiu para a superfície por uma lagoa. Os três mitos nos fazem refletir sobre a aproximação entre as informações técnicas e o simbolismo. Sob a perspectiva técnica, as margens dos rios e das ilhas são ocupáveis em sua totalidade. Porém, conforme o mito, não. Os lagos, locais para obtenção de recursos, pelo mito, também não podem ser explorados amplamente. Há explicação científica para os eventos sísmicos, mas o mito mostra outra perspectiva. Desse modo, discutem-se algumas dessas correlações que enriquecem a etnoarqueologia e a Arqueologia. |
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