Dados do autor
NomeJoao Tedesco
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade de Passo Fundo - RS - Brasil UPF
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoO agro, políticas públicas e conflitos sociais na América do Sul
TítuloConflitos agrários no Sul do Brasil - indígenas e agricultores - o campo das mediações
Resumo

O Sul do Brasil tornou-se, a partir da década de 1990, um palco de muitos conflitos agrários envolvendo indígenas e agricultores, estes, em geral, de pequeno porte denominados de "agricultores familiares". A Constituição Federal de 1988 determinou que povos tradicionais, dentre eles e, por excelência, indígenas, a partir de estudos e processos administrativos, poderiam reaver terras que fosse comprovado que num período histórico houve esbulho por povoações não-indígenas. Essa determinação constitucional desencadeou um intenso movimento social no Sul do Brasil, espaço por excelência de colonização europeia, de demandas territoriais por parcialidades indígenas. O espaço agrário tornou-se expressivo de conflitos de sujeitos não convencionais disputando o mesmo espaço de terra, ou seja, indígenas e pequenos agricultores. Mediações de ambos os lados constituíram um campo de disputas políticas, midiáticas, jurídicas, de interpretação histórica do passado na referida região, dentre outros horizontes. Passaram-se quase 30 anos do início do conflito e praticamente nada ou pouca coisa foi resolvida até então; governos de matizes políticas se fizerem presente, porém, o problema não foi resolvido, ao contrário, intensificou-se. O texto busca refletir sobre esses processos nestas 3 décadas, identificar, elementos históricos causadores, instituições e processos de mediação também em disputas por espaços, legitimidade, representação e no jogo de forças do campo político.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • conflitos agrários, indígenas, agricultores, mediações