Avaliação: DIÁLOGOS Y TENSIONES EN ARQUEOLOGÍA Y PATRIMONIOS – Patrimônio Arqueológico da costa do Litoral Norte de São Paulo: sustentabilidade e elaboração de indicadores qualitativos e quantitativos de vulnerabilidade.

A presente pesquisa em andamento, financiada pela FAPESP, parte da premissa de que a gestão do patrimônio arqueológico deve ser pensada no cenário marcado por eventos extremos, que tencionam questões sociais e ambientais. Tomamos como estudo de caso o patrimônio arqueológico do faixa litorânea e centrada na malha urbana do litoral norte de São Paulo, com o foco no município de Ubatuba. Entendemos o estudo de caso como um laboratório para a compreensão do status do patrimônio arqueológico em áreas de vulnerabilidade socioambiental e, assim, como base para compreensão de estratégias que podem ser elaboradas para a gestão integral desse patrimônio. No caso dos patrimônios arqueológicos do litoral norte de SP, é bastante evidente sua exposição à fatores sociais, como especulação imobiliária, aumento da atividade turística, ocupações sem planejamento em encostas com declives acentuados, questionamentos sobre a funcionalidade, limites e legitimidades do Parque Estadual da Serra do Mar, entre outros, e aos fatores ambientais, como mudanças climáticas e suas decorrentes elevações do nível do mar, mudança nos regimes de chuva, alteração no solo local, inundação de determinadas áreas e assim por diante. Diante da vulnerabilidade crescente à que esses patrimônios estão expostos, a pesquisa tem três objetivos centrais: a criação dos indicadores qualitativos e quantitativos de vulnerabilidade como parâmetros para a tomada de decisão no que se refere a gestão do patrimônio arqueológico; 2. a produção de uma cartografia social do patrimônio arqueológico da costa do litoral norte de São Paulo e criação de uma plataforma digital e pública com dados atualizados acerca dos sítios arqueológicos da região; e, 3. a criação de estratégias de formulação de políticas públicas pautadas no patrimônio arqueológico vulnerável. Nossa proposta, portanto, é elaborar indicadores de vulnerabilidade de forma participativa (HERLIHI; GREGORY, 2003), a partir de metodologias multidisciplinares.

• patrimônio arqueológico
• mudanças climáticas
• indicadores de vulnerabilidade
• políticas públicas
• interdisciplinaridade