Dados do autor
NomeLeandro Stoffels
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade do Texas em Austin UT-Austin
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática10. Estudos de Gêneros
Grupo TemáticoLa comunicación desde una perspectiva de género: investigaciones y propuestas
Título‘Trilogia do Lixo’: O "pop-precário" de Leona Vingativa e a luta eco-trans-feminista por cidadania ambiental
Resumo

Leona Vingativa é uma travesti, artista, humorista, moradora de Belém do Pará/Brasil, cuja carreira se consolidou através da publicação de vídeos paródicos e musicais no YouTube. Neste artigo analiso três videoclipes dessa artista: "Lixo na Sua Cara" (2018), "Acaba com o Lixão" (2019) e "Bem Feito, você não tem Respeito" (2020). As músicas são paródias de canções de Anitta e os vídeos compartilham entre si o mesmo mote e cenário: o descarte irregular de lixo e as enchentes urbanas que afetam recorrentemente metrópoles brasileiras como Belém. Me interessa investigar como esses videoclipes articulam um processo de apropriação territorial (LEFEBVRE, 2020) e reivindicação por cidadania ambiental (COATES, 2019) por parte da artista, através daquilo de chamo de “performance pop-precária”. A metodologia de análise baseia-se nas ideias “espetacularidade” (OCHOA, 2014), performance como ato de transferência vital e transmissão de conhecimento (TAYLOR, 2003), da leitura do videoclipe como uma performance (SOARES, 2014a, 2014b; SÁ, 2021) em interlocução com contribuições conceituais dos estudos do território (LEU, 2020; SANTANA, 2019), e dos estudos de gênero e sexualidade (COLLING, 2018). Argumento que Leona Vingativa se utiliza de estratégias comunicacionais como a paródia, o humor e uma linguagem 'pop-precária' para se comunicar politicamente com seu público sobre questões ligadas aos territórios periféricos, à denúncia ao racismo ambiental e à afirmação de gêneros e sexualidades dissidentes. Essa pesquisa busca contribuir para o diálogo conceitual entre a musicologia queer, os estudos da performance, e os estudos do território, pensando as implicações político-espaciais da produção musical/audiovisual de artistas transviadas (STOFFELS, 2022) brasileiras como Leona Vingativa.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • ecotransfeminismos
  • música brasileira
  • pop-precário
  • Leona Vingativa
  • cidadania ambiental
Correções sugeridas

Ótima proposta, reúne temas importantes (eco/trans/feminismos) no espaço periférico, latino. Artivismo relevante, com metodologia e análises bem fudamentadas.