Dados do autor
NomeLuciana Dias
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoFaculdade de Letras da Universidade de Lisboa FLUL
Sua titulaçãoMestre
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
Nome completoGustavo Koszeniewski Rolim
TitulaçãoDoutorando
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoUniversidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS
Proposta de Paper
Área Temática15. Filosofia e Pensamento
Grupo TemáticoLa Circulación de Ideas en el Sur Global (Siglos XX y XXI): intelectuales, agendas, instituciones, redes, financiamientos
TítuloDIÁLOGOS PERIFÉRICOS NA ATIVIDADE INTELECTUAL DE AMÍLCAR CABRAL
Resumo

Amílcar Cabral (1924-1973) – líder histórico do Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC) – foi uma pessoa de intensa atividade intelectual. Reconstituiremos diálogos de Cabral com expressões do pensamento periférico que, se não foram únicos, tiveram importância no seu percurso intelectual. Nascido na Guiné, Cabral será escolarizado em Cabo Verde. Ainda estudante secundarista, no início dos anos 1940, atua nos meios intelectuais cabo-verdianos, onde as ideias lusotropicalistas do brasileiro Gilberto Freyre tinham impactante circulação. Eram também brasileiros alguns escritores inspiradores para a literatura cabo-verdiana. Em Lisboa, para onde se muda em 1945 para cursar a universidade, vivenciará, com estudantes africanos de diferentes regiões do Império Português, aquilo que denominou reafricanização dos espíritos. Cabral conhece a Négritude e o pan-africanismo francófono, para cuja revista Présence Africaine colabora em 1953. Desenvolve ideias de valorização da cultura e dos povos africanos, presentes mesmo em seus textos agrários, além das noções de independência e unidade africana. No início dos anos 1960, na preparação da luta armada, junta o maoismo às suas referências marxistas, campo com o qual já estava familiarizado desde meados dos anos 1940. Observamos a influência das experiências revolucionárias chinesa e vietnamita no Seminário de Quadros ministrado por Cabral em 1969. Do discurso A Arma da Teoria, proferido em 1966 na Conferência Tricontinental de Havana, destacaremos, além dos elementos do leninismo apropriados por Cabral ao longo da sua formação política, a sua contribuição para o marxismo quanto ao papel da luta de classes na concepção de história. Este discurso sintetiza importantes tendências do pensamento periférico do século XX, como a historicidade da África antes da presença europeia, e a centralidade da questão nacional, duas ideias caras e com longo histórico no pan-africanismo e no marxismo, respectivamente.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Amílcar Cabral
  • Marxismo
  • Pan-africanismo
  • Cabo Verde
  • Guiné-Bissau