Dados do autor
NomeVictor Hugo Oliveira Silva
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Federal do Paraná UFPR
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
Nome completoAdriano Benites
TitulaçãoGraduando
País de origem do co-autorBrasil
InstituiçãoUniversidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE
Nome completoGilberto Benites
E-mailEmail escondido; Javascript é necessário.
TitulaçãoGraduando
InstituiçãoUniversidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE
País de origem do co-autorBrasil
Proposta de Paper
Área Temática01. Antropologia
Grupo TemáticoTerritorialidade, história e mobilidade Guarani nas fronteiras do Prata
Título"A canoa Ygá Miri tem que voltar": Relações de Maestria e a perspectiva Avá-Guarani sobre um artefato arqueológico.
Resumo

Tendo como eixo duas canoas indígenas retiradas do Sítio Arqueológico de Cidade Real do Guairá, situado entre os municípios de Terra Roxa e Guaíra no Paraná, a intenção dessa pesquisa é compreender e descrever etnograficamente a perspectiva Avá-Guarani sobre esses objetos. Tal proposta se faz pertinente tendo em vista o fato de que o processo de retirada e salvaguarda dos mesmos ter se dado no contexto de um projeto participativo que envolveu a Comissão de Patrimônio e Cultura do Estado do Paraná, o IPHAN e as comunidades Avá-Guarani, que desde os anos 2000 vem realizando um processo de reocupação desse território anteriormente habitado por seus ancestrais. De forma mais específica neste texto nossa intenção será refletir sobre o conceito de dono, implicado de forma fundamental na forma pela qual os xamoi Avá-Guarani conduzem o relacionamento com esses objetos. Ao considerar a dimensão sobrenatural de Ygá-Miri, a canoa batizada, e dialogar com ela, os xamois Avá-Guarani, assim como o próprio dono da canoa estão apresentando sua maneira de dialogar com a alteridade, seja aquela representada pelo passado, como aquele presentificada no relacionamento com os Juruá, suas equipes e projetos, que o transitar de tal peça implica. Ao mesmo tempo em que é particular, sendo que é fruto de seus processos próprios de formação e transformação, a perspectiva Ava-guarani expressa no relacionamento com esses artefatos, as canoas, e o modo pela qual essa relação passa pela comunicação com dimensões e seres sobrenaturais dialoga com um sistema de relacionamento comum ao universo xamânico ameríndio, conhecido como teoria da maestria, com a qual pretendemos dialogar nessa pesquisa.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • maestria
  • dono
  • Avá-Guarani
  • Etnoarqueologia