Dados do autor
NomeAlessandra Seixlack
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática11. Estudios de Fronteras
Grupo TemáticoLas Guerras Republicano-Indígenas en América, Siglos XIX y XX. Antropología e Historia en Clave Comparada y Conectada.
Título"Escucha, winka". Diálogos possíveis entre a história nacional mapuche e a história indígena
Resumo

No contexto de construção dos Estados chileno e argentino, em meados do século XIX, a Araucania, os Pampas e a Patagônia constituíam espaços de exercício de soberania de diferentes grupos indígenas, alheios à jurisdição estatal. Tais regiões foram alvo de processos de territorialização, isto é, de políticas que visavam incorporar à órbita de influência estatal os chamados “fundos territoriais”.
A historiografia nacionalista relegou, via de regra, aos povos nativos da América o papel de vítimas de políticas assimilacionistas e de manipulações por parte dos colonizadores hispanocriollos. Em contrapartida, a historiografia mais recente ressalta a participação dos povos indígenas no processo de formação dos Estados nacionais chileno e argentino, buscando valorizar seu papel como sujeitos que também agem e reagem politicamente a partir de interesses específicos. Essa perspectiva revisionista torna visível que a associação dos nativos que viviam nas áreas de fronteira à selvageria, ao atraso e à barbárie não condiz, na prática, com o seu reconhecimento como interlocutores políticos pelos hispanocriollos.
Em complementação a essa vertente historiográfica mais recente, atualmente muitos intelectuais mapuche buscam superar os marcos tradicionais da história, produzindo novos conhecimentos sobre o processo de expansão territorial dos Estados chileno e argentino a partir de sua própria cosmovisão e reivindicando assim seus direitos originários.
Essa comunicação tem como objetivo pensar as vantagens teórico-metodológicas de combinar a “história indígena” produzida pela academia com a história nacional produzida pelos mapuche na contemporaneidade, de modo a superar a pretensão de racionalidade universal e o ocidentalismo ainda imperantes nas principais correntes historiográficas.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Fronteiras
  • Território
  • Mapuche
  • Araucania
  • Pampas