Avaliação: JESUITAS Y FRANCISCANOS EN LAS FRONTERAS IMPERIALES DE AMÉRICA. SIGLOS XVI-XVIII. INTERACCIONES RELIGIOSAS, CULTURALES Y POLÍTICAS – Frei Bernardino de Sahagún visto por seus pares: a construção de uma memória franciscana na Nova Espanha quinhentista

Frei Bernardino de Sahagún, missionário franciscano espanhol, atuou na evangelização dos nativos da Nova Espanha durante o século XVI. Desembarcou no México em 1529, onde desenvolveu uma série de atividades e se dedicou a produção intelectual, tendo elaborado vários manuscritos, tanto em espanhol quanto em náuatle. A partir da década de 50 do século XVI, quando começaram a surgir os primeiros embargos às obras em língua autóctone, os manuscritos do frade foram paulatinamente combatidos e perseguidos. Durante o século XIX, intelectuais do período, ao buscarem por informações sobre os indígenas pré-hispânicos, começaram um processo de recuperação das fontes coloniais, encontrando em Sahagún ricas descrições sobre a cultura autóctone. A partir do século XIX em diante, em virtude do crescente interesse em suas descrições, Bernardino de Sahagún ganhou notoriedade entre os historiadores e, sobretudo, espaço na historiografia mexicana. Apesar do século XIX ser um momento decisivo na trajetória dos escritos sahaguntianos, o objetivo desse trabalho é explorar um recorte temporal diferente. Nossa proposta é analisar como Bernardino de Sahagún e seu trabalho aparecem – ou não – na Historia de los Indios de la Nueva España (1541) de Toribio de Benavente, o Motolinía, e Historia eclesiástica indiana de Jerônimo de Mendieta (ca. 1597), ambas tentativas embrionárias de se construir uma memória institucional franciscana na Nova Espanha. A partir desses relatos, poderiam dimensionar como esse personagem, frei Sahagún, foi retratado por seus pares nos momentos de maior perseguição aos seus escritos e seu modelo de evangelização.

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