Dados do autor
NomeBeatriz dos Santos Landa
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Estadual de Mato Grosso do Sul UEMS
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática08. Educação
Grupo TemáticoPovos indígenas, desafios contemporâneos e a construção de novos saberes: experiências de indigenização da universidade e da escola
TítuloEstudantes indígenas na UEMS e as experiências da produção de interculturalidade e Outras práticas institucionais
Resumo

A presença coletiva de estudantes indígenas na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul/UEMS tem sido constante desde o ano de 2004 com o primeiro ingresso por vestibular que atendeu a Lei nº. 2.589, de 26 de janeiro de 2002, com um percentual de 10% em todos os cursos. A partir de então, o ingresso de indígenas ampliou-se, tanto pela criação de novos cursos, pela participação na Universidade Aberta do Brasil/UAB e mais recentemente com a criação de curso específico de Pedagogia Intercultural para os Guarani e Kaiowá. A procura pelo ensino superior insere-se como resultado das políticas de mobilização de movimentos indígenas existentes em MS. No ano de 2022, estavam matriculados mais de 600 estudantes que com sua presença transformam a universidade de uma maneira às vezes imperceptível aos olhares pouco afeitos a perceber os grupos que foram/permanecem sendo subalternizados, assim como em demonstrações públicas com repercussão na mídia. Busca-se apresentar as estratégias construídas entre os indígenas e os(as) apoiadores(as) para interculturalizar a instituição criando brechas que passam então a servir de referenciais para os que vem posteriormente, elencando-se: as temáticas indígenas que passam a ser pesquisadas pelos estudantes muitas vezes em processos de fortalecimento de pertencimento, defesas de TCCs em língua materna, participação de indígenas nas bancas, apresentação de demandas para órgãos internos e externos por meio da discussão qualificada intragrupo, organização de eventos com temáticas e palestrantes indígenas, mobilização e participação em eventos específicos, a circulação das línguas maternas em todos os espaços, entre outras. O racismo, o preconceito e a discriminação ainda caminham lado a lado apesar destes avanços e a superação/minimização/erradicação destas práticas segue sendo o grande desafio para interculturalizar e indigenizar a instituição em plenitude.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Indígenas no ensino superior
  • Interculturalidade
  • Práticas institucionais
  • UEMS