Dados do autor | |
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Nome | Daniel Malanski |
E-mail do autor | Email escondido; Javascript é necessário. |
Sua instituição | Université de Paris 3 - Sorbonne Nouvelle |
Sua titulação | Doutor |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. Historia |
Grupo Temático | Circulación de ideas, saberes e imaginarios en Latinoamérica, 1850 - 1950 |
Título | A aniquilação simbólica da escravidão pelo Império do Brasil em exposições universais (1867-1889) |
Resumo | As participações de um país em mega-eventos internacionais invariavelmente visam trazer perspetivas favoráveis da nação. Os pavilhões da Exposição Internacional são, portanto, arenas internacionais onde, muitas vezes, a história do país e de seus habitantes são contadas de uma maneira positiva, visando a inserção ou reafirmação de um determinado país dentro do cenário político internacional. Desta maneira, de maneira frequente, as narrativa nacionais transmitidas através desses mega-eventos buscam contar como tal nação contribui ou contribuiu para o desenvolvimento da sociedade global moderna. Sendo assim, mega-eventos internacionais são "lugares de memória" (usando a terminologia de Nora), onde as identidades podem ser renegociadas, recriando assim a maneira como grupos étnicos são representados em favor de um história nacional atualizada. Este artigo visa estabelecer um recorte histórico (de 1862 a 1889) de como os comitês organizadores brasileiros de diferentes exposições universais sistematicamente evitaram a representação de sua população escravizada e/ou buscaram formas de minimizar ou naturalizar o sofrimento diário vivido por essas pessoas. Para analisar tal cenário, onde o foco de nosso estudo muitas vezes é centrado na ausência ao invés de na presença, usaremos o conceito de aniquilação simbólica (symbolic annihilation), termo inicialmente cunhado por Gerbner e Gross (1976) e aplicado, no início do século XXI, dentro do contexto da representação da escravatura por Eichstedt e Small (2002). Ademais, veremos, através da análise do conteúdo presente nos pavilhões e nos guias oficiais das exposições universais de 1862, 1867, 1873, 1876, 1884 e 1889 a mudança na forma como a escravidão foi tratada (e retratada) pelo Império do Brasil, sempre buscando estar em consonância com os interesses das elites nacionais dominantes e com o desenvolvimento dos direitos humanos dentro do mundo ocidental. |
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