Avaliação: AMÉRICA EN LA RECONFIGURACIÓN GLOBAL: SIGLOS XX Y XXI – Politica de segurança dos EUA para América Latina no governo Trump: reconfiguração da hegemonia regional

Com a ascensão de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos (EUA) foi inaugurado um novo momento da política externa norte-americana, baseada em uma atuação unilateralista e isolacionista. Além disso, foi estabelecida uma nova dinâmica nas relações com a América Latina, inclusive na área de segurança e defesa. Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo analisar a política de segurança do governo Trump para a América Latina, identificando suas principais características. Parte-se da hipótese de que o governo Trump tem buscado manter a hegemonia norte-americana na região por meio de maior ênfase na atuação unilateral em detrimento de mecanismos regionais de geração de consenso. Para a execução dessa pesquisa será utilizado o método de process-tracing para melhor entendimento da política de segurança dos EUA para os países latino-americanos desde o período pós-Guerra fria. Também será realizada uma revisão de literatura sobre os temas de política externa do governo Trump e de relações EUA-América Latina nessa administração com vistas a um melhor entendimento do contexto da nova política externa estadunidense. Além disso, serão analisados dados coletados em bases de dados internacionais, como os do SIPRI e do Security Assistance Monitor, bem como em relatórios governamentais norte-americanos a fim de verificar empiricamente as mudanças na política de segurança do governo Trump para a região. O referencial teórico que fundamentará essa análise será o conceito de hegemonia conforme elaborado por autores de perspectiva neomarxista, como Robinson (1996), Avilés (2010; 2017) e Biegon (2017). Sobre os resultados parciais obtidos, tem-se verificado uma redução no orçamento do novo governo para projetos de assistência na área de segurança para a região, como nos casos do Plano Paz Colômbia, Iniciativa Mérida, do CARSI e do CBSI, bem como redução do uso de organizações intergovernamentais, como a OEA.

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