Dados do autor
NomeLuiz Antonio Dias
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoPontifícia Universidade Católica de São Paulo PUCSP
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática13. Estudos Políticos
Grupo TemáticoDEMOCRACIA E CIDADANIA
TítuloJustiça de Transição e Anistia no Brasil: narrativas, história e memória
Resumo

Nessa apresentação discutiremos como o periódico Folha de S. Paulo apresentou a Lei de Anistia (Lei nº 6.683/1979) aos seus leitores - e sociedade em geral – e mostraremos como esse periódico contribuiu para a construção de uma narrativa de que a “conciliação” seria o melhor caminho para um processo de redemocratização. Nesse sentido, discutiremos o Golpe Civil Militar de 1964 e os governos ditatoriais para, em seguida, analisar o processo de “abertura política” e a Lei da Anistia de 1979. Toda essa análise será permeada por uma discussão sobre memória – e políticas de memória - e história do tempo presente.
O jornal paulistano Folha de S. Paulo, foi um duro crítico do governo João Goulart, associando o presidente ao crescimento das greves e ao avanço do comunismo. Ao longo de sua história, esse periódico gastou muito papel e tinta para propagar a ideia de uma “ameaça comunista”. O papel da imprensa em todo o processo, que culminou com o Golpe Civil Militar de 1964, foi muito importante, sobretudo, para reforçar um pensamento que já existia em alguns grupos, em especial da elite – empresários, banqueiros, latifundiários; classes médias e, principalmente, militares.
A ditadura militar instaurada a partir desse golpe foi responsável, ao longo de 21 anos, por graves violações de direitos humanos. Prisões ilegais, torturas, assassinatos, desaparecimentos tornaram-se recorrentes e, apesar de algumas oportunidades, nunca houve de fato um julgamento desses crimes. Assim, passado e presente, aparentemente, se entrecruzam no momento atual e, nesse sentido é importante pensar ou repensar nossas políticas de memória e de esquecimento.
Não é uma tarefa fácil, mas sem um ajuste de contas com o passado, sem uma justiça de reparação, ao menos histórica, sem a condenação da apologia da ditadura e de seus torturadores, não avançaremos nesse processo de superação do trauma.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Ditadura Militar
  • Justiça de Transição
  • Anistia
  • Folha de S. Paulo
  • Memória