Dados do autor
NomePissolato Elizabeth
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Federal de Juiz de Fora UFJF
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática01. Antropologia
Grupo TemáticoMulheres, indígenas e líderes na cena política latino-americana. Trajetórias, práticas e papéis
TítuloIndígenas mulheres no Brasil atual: fazendo política em/com corpos, territórios e tempos diversos
Resumo

Indígenas mulheres sempre estiveram presentes nas políticas implicadas na feitura da vida em seus territórios. Sua participação política manteve-se oculta muitas vezes sob a distinção entre público e doméstico, espaço este em que foram frequentemente alocadas pelos olhares externos. Mas elas nunca estiveram ausentes de decisões de suas comunidades ou do debate de políticas públicas voltadas aos indígenas. A partir dos 1970 organizaram-se em associações e departamentos de mulheres no interior do movimento indígena onde passaram a elaborar perspectivas e demandas próprias sobre matérias fundamentais de sua vida e de suas comunidades. Construíram pautas e buscaram espaços de participação. Algumas tiveram papel crucial na demarcação de terras para seus povos. A última década viu proliferar a liderança exercida por mulheres indígenas em pelo menos três movimentos:1) a presença de cacicas em diversas regiões no país;2) a construção de campanhas eleitorais de indígenas mulheres para cargos no governo federal;3) a articulação nacional que que se constrói como rede de mulheres em diferentes biomas no país, descentralizada e com perspectivas de múltiplas formas de engajamento dentro e/ou fora das comunidades locais. O que pretendo acompanhar aqui é o movimento recente das indígenas mulheres em sua organização para as marchas em Brasília realizadas desde 2019 e na rede Anmiga,Articulação Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (2021). Formas presentes nos atos e falas, a apresentação dos corpos, o conteúdo das pautas do movimento serão analisados para a reflexão sobre três temas centrais das políticas feitas pelas indígenas: a diversidade, o território ou territórios (vivenciados nos/pelos corpos) e a ancestralidade. A diversidade tem sido marca das marchas e eventos, entendidos como políticas contra o mono. A circulação/demarcação de territórios e a mobilização da ancestralidade como tempo-força apontam possíveis novos entendimentos acerca de política, tempo e espaço.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • mulheres indígenas
  • formas políticas
  • Brasil
  • Marchas das Mulheres Indígenas
  • Articulação das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade