Avaliação: NATURALEZA DE LAS FRONTERAS Y FRONTERAS DE LA NATURALEZA – O Processo de colonização do Vale do rio Ivaí/PR (séc. XIX-XX)

O presente trabalho, tem por objetivo analisar como se deu o processo de colonização do Vale do rio Ivaí, estado do Paraná, entre os séculos XIX e XX, mais precisamente, o território compreendido entre os rios Corumbataí e Ivaí. A ocupação do referido território remonta ao período pré-cabralino (anterior a 1500 d.C), onde populações indígenas (Guarani, Kaingang e Xetá), se estabeleceram na região, conforme demonstram estudos arqueológicos realizados ao longo da bacia hidrográfica do rio Ivaí. Já no século XVI, esse território foi caminho de passagem (caminhos do Peabiru) para que viajantes europeus conseguissem chegar as regiões pertencentes a coroa espanhola, e que mais tarde daria origem a Vila Rica do Espírito Santo (atual município de Fênix), na confluência dos referidos rios. Mais tarde, já no século XVIII, expedições militares serão responsáveis pelo reconhecimento do território, elaborando a primeira cartografia do rio Ivaí. No século XIX, em 1847, é fundada a localidade de Tereza Cristina, as margens do rio Ivaí, que anos depois será a responsável pela onda colonizadora de toda a região. No final do século XIX, a expedição do Gen. José Cândido da Silva Muricy, irá constatar, que a região está densamente povoada, não apenas por populações indígenas, mas também, por caboclos e posseiros que serão responsáveis pelo início da chamada "colonização moderna" do século XX. Por fim, nos finais do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, com a instituição de órgãos reguladores e fiscalizadores das terras do estado, teremos uma definição das fronteiras e a elaboração de cartografias, definindo seus limites, que será findada com a ação do concessionário Edmundo José Hauer, responsável pela Colônia Manoel Ribas, e pela Sociedade Territorial Ubá Ltda., proprietária da Fazenda Ubá.

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