Dados do autor
NomeRENATA SIUDA-AMBROZIAK
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniwersytet Warszawski, Universidade do Estado do Rio de Janeiro UW/UERJ
Sua titulaçãoPós-Doutorado
País de origem do autorPolônia
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática06. Cosmovisões e Sistemas Religiosos
Grupo TemáticoReligiões e religiosidades no Brasil: perspectiva histórica e contemporânea
TítuloLíder político e religioso, padrinho, milagreiro, santo popular... Padre Cícero no contexto da sua reconciliação com a Igreja Católica
Resumo

Em 2015, depois de mais de 100 anos, o Vaticano autorizou a reconciliação do “Padim Ciço”, como é carinhosamente chamado pelos devotos, com a Igreja Católica. Padre Cícero morreu em 1934 suspenso de ordem, afastado da Igreja Católica após um episódio em 1889 conhecido como "milagre da hóstia" - uma hóstia dada por ele a uma beata teria se transformado em sangue. A partir da data do milagre, o número de fiéis que realizam romarias a cidade que ele fundou, Juazeiro do Norte, só crescia. O líder religioso rejeitado pela Igreja, tornou-se também chefe político, igualmente polêmico e contraditório. Ao mesmo tempo que pregava aos menos favorecidos, estabelecia alianças com as elites poderosas, tentando, entes de tudo, proteger a sua cidade. A reconciliação é uma aceitação e reconhecimento oficial da devoção ao padre Cícero, propiciando uma maior aproximação dos romeiros com toda a Igreja Católica. Nos debruçamos, neste contexto, sobre o universo religioso dos tempos do Padre Cíço e de hoje, tentando ver a lógica atrás dos argumentos que inverteram o caminho de excomunhão e colocaram o Padrinho numa outra direção – rumo aos altares, com o processo de beatificação iniciado em 2021.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Padre Cicero, religiosidade popular, romarias, santo popular