Dados do autor
NomeGabriela Theodoro
E-mail do autorEmail escondido; Javascript é necessário.
Sua instituiçãoUniversidade Estadual de Campinas Unicamp
Sua titulaçãoMestrando
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoPLURALIDAD CULTURAL EN LAS AMÉRICAS: VOCES MÚLTIPLES EN LOS ESPACIOS DE LAS FRONTERAS COLONIALES
TítuloAs indígenas na Conquista de México: o tráfico sexual de mulheres e os pactos militares
Resumo

A Conquista de México-Tenochtitlán pode ser compreendida e estudada a partir dos relatos das testemunhas oculares desse processo que, devido a isso, invocaram uma veracidade e fidedignidade aos seus relatos. Há uma invariável nessas fontes históricas: elas são narradas por vozes masculinas e encontraram nos homens o centro de sua narrativa. Ainda que as mulheres estejam circunscritas a um espaço secundário dentro dos textos quinhentistas, essas agentes estiveram presentes nos mais variados relatos da Conquista. Apesar dessas fontes não terem como objetivo principal narrar o papel desenvolvido por essas personagens durante esse processo histórico, muitos desses textos de caráter varonil tocam na questão do feminino.
Essa apresentação tem como objetivo refletir sobre a atuação feminina na Conquista, focando na participação das mulheres indígenas que integraram os botins de guerra, doadas como presentes aos conquistadores espanhóis. O intuito será pensar como os pactos militares foram estruturados nesse novo contexto de pluralidade de culturas, bem como refletir sobre o tráfico de mulheres nativas e o discurso moral e sexual que essa ação evocava. Para isso, serão mobilizados os textos de diferentes testemunhas da Conquista, como Hernan Cortés, Bernal Diaz, Francisco de Aguilar e outros.
Assim, se faz necessário fazer uma história das mulheres na Conquista porque os processos se deram de forma diferente e o impacto sobre essas personagens também foi distinto. Essas necessárias reflexões devem perpassar pelo debate da interseccionalidade para que as vozes femininas possam ser consideradas e a construção da agência dessas personagens possa ser entendida para além da chave da submissão, sem, contudo, negar a violência (de gênero), característica intrínseca e substancial da Conquista.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Conquista
  • Mulheres
  • Escravas sexuais
  • Indígenas