AutorJANE PAIVA
Sua instituiçãoUniversidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ
Co-autorMaría del Carmen Lorenzatti
Instituição co-autorUniversidad Nacional de Córdoba / Universidad Nacional de Chilecito
Área Temática08. Educação
TítuloPolíticas de Educação para Jovens e Adultos em tempos de pós-pandemia e de retrocessos políticos na latino-américa / Políticas educativas para jóvenes y adultos en tiempos de reveses post pandemia y políticos en América Latina
Resumo

A educação de jovens e adultos (EJA) como política pública não é tarefa menor na discussão da pandemia que vem acometendo a América Latina. O GT propõe problematizar e dialogar com quem pensa o campo e defende a garantia do direito à educação para todos, quando se agravou a fragilidade de propostas educativas para o público jovem, adulto e idoso, com trajetórias de escolarização descontínuas ou fracassos sucessivos. Reafirma-se a EJA como direito à educação, historicamente desprezada por políticas públicas. Porque direito, exige-se assegurá-lo como condição de respeito ao princípio da dignidade humana, além dos princípios de autonomia e reconhecimento social. O sentido de aprender por toda a vida não permite descurar da oferta de alfabetização e escolaridade básica em continente em que tantos não sabem ler e escrever. A desigualdade e a iniquidade da vida de populações pobres, agravada pela pandemia, viu arrancados os parcos empregos que detinham ou serviços que ofereciam, ampliando e deixando a nu condições ditadas pelo capitalismo neoliberal/ultraliberal, submetidos aos ditames imperiais dos “donos do mundo”. Trabalhadores essenciais, os mais atingidos, novamente foram arrancados do sonho da escola, quando o haviam alcançado. Tratadas como acessórios, a dor, a tristeza, o luto cotidiano afetam processos de aprendizagem de jovens e adultos. Ailton Krenak, indígena brasileiro, ensinou que nessas circunstâncias era urgente pensar o presente, oferecendo-nos ideias para adiar o fim do mundo e alertando as sociedades de que o amanhã não está à venda. A pergunta central do GT assim se resume: o que significa adiar o fim do mundo para jovens e adultos cujas condições de desigualdade social favoreceram o maior acometimento da Covid-19 e maior fatalidade entre os mais pobres e mais desiguais nas Américas? Quais as necessidades de escolarização pós-pandemia para esse público e que situações/circunstâncias históricas exigem (re)pensar o direito à educação em nossos países?

Palavras-chave
  • políticas públicas
  • políticas de educação pós-pandemia
  • educação de jovens e adultos
  • dignidade humana
  • "adiar o fim do mundo"