Autor | Silvia Macedo |
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Sua instituição | Universidade da Guiana francesa UG |
Co-autor | Anne Gael Bilhaut |
Instituição co-autor | Institut Français d’Etudes Andines, Equador |
Área Temática | 01. Antropologia |
Título | Mulheres, indígenas e líderes na cena política latino-americana. Trajetórias, práticas e papéis |
Resumo | Frequentemente circunscritas à posição de responsáveis pelas questões relativas “às mulheres” ou pela “educação” nas organizações indígenas, as mulheres continuam ocupando, majoritariamente, o posto de vice-presidente nessas organizações. Estudos sobre a liderança nas comunidades indígenas mostram que os homens continuam sendo majoritários na direção e evidenciam que, se essas organizações proclamam a paridade de gênero, elas apresentam dificuldades em concretizá-la. No entanto um rápido sobrevoo das imagens de contestação social ao longo dos dois últimos anos na América latina permite constatar um lugar de destaque das mulheres indígenas na atual cena política. Visíveis no campo político e nos meios de comunicação, elas o são menos nas produções acadêmicas. Testemunham o número ainda tímido de publicações sobre o tema (Von Rueden, 2018). Se a divisão sexual do trabalho marca ainda certas relações de gênero entre as populações indígenas (McCallum, 2013), na prática as coisas vêm mudando. O aumento do número de organizações de mulheres indígenas no Brasil e na América latina confortam essa constatação, assim como o aumento da presença de mulheres na política. Se, como acabamos de afirmar, as mulheres despontam no mundo político, as questões de discriminação e de violência feitas às mulheres indígenas perduram e necessitam reflexão. Para muitas mulheres se coloca a difícil escolha entre a denúncia de parceiros violentos, e a fidelidade à comunidade de pertença pela qual elas lutam politicamente. |
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