| Resumo | O presente trabalho aborda as categorias Analíticas em Pierre Bordieu buscando utilizar os conceitos de habitus, campo e capital correlacionando-os com a violência intrafamiliar.
Mioto aponta que “o florescimento da ideia que a família é o lugar de felicidade está vinculado justamente ao ocultamente de seu caráter histórico. Este ocultamente permitiu pensá-la como um grupo natural, e com isso veio também a naturalização de suas relações e o enaltecimento de sentimentos familiares, tais como amor materno, amor paterno, amor filial (1997,117) .”
Esse pensamento construído, naturalizado e reproduzido por gerações e gerações possibilita o entendimento de habitus que caminha em paralelo ao conjunto de relações desiguais de poder que são historicamente transmitidas (campo).
Bordieu (1975) classifica habitus como
Sistema de disposições duráveis, estruturas estruturantes predisposta a funcionarem como estruturas estruturadas, isto é, como princípio que gera e estrutura as práticas e as representações que podem ser objetivamente “regulamentadas” e “reguladas” sem que por isso sejam o produto de obediência de regras, objetivamente adaptadas a um fim, sem que se tenha necessidade da projeção consciente deste fim ou do domínio das operações para atingi-lo, mas sendo, ao mesmo tempo, coletivamente orquestradas sem serem o produto da ação organizadora de um reagente.Dentro dos conceitos utilizados por Bordieu podemos afirmar que a família se apresenta como instrumento simbólico de poder e com status de ser um habitat de felicidade.Na confecção desse trabalho foi possível compreender as representações sociais criadas em relação à categoria velhice e para a instituição família.
As famílias têm papeis pré-definidos socialmente como de proteção e de acolhimento para os idosos configurando um capital social.Um ato de violência cometido contra um idoso por um membro se deu núcleo familiar gera toda uma comoção pelo habitus da família ser considerado um ambiente sagrado.
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