AutorEvânio Branquinho
Sua instituiçãoUniversidade Federal de Alfenas-MG UNIFAL_MG
Co-autorLourdes de Fátima Bezerra Carril
Instituição co-autorUniversidade Federal de São Carlos, Sorocaba/SP
Área Temática12. Estudos Econômicos
TítuloAs representações do urbano no mundo moderno, alienação e reprodução social
Resumo

Nestes tempos, as formas modernas situam-se no mundo das representações sociais, radicalmente críticas aos conteúdos históricos, sociais e políticos. Nessa defasagem emergem e se aprofundam alienações, que podem implicar na perda de horizontes utópicos, nas dimensões da educação, da cultura, da ciência, do trabalho e da emancipação humana.
A ultra fragmentação das formas de trabalho que se reproduzem atualmente refletem a própria fragmentação do valor-trabalho, o qual progressivamente perde sua propriedade de referência das relações capital-trabalho. O trabalho se degrada em uma miríade de atividades, e a saída é acelerar mais a reprodução, buscar em todos os recantos possibilidades de extração de rendimentos em todas as fases da circulação geral do capital. Nesse processo, o trabalho aparece como não é, a cultura aparece como não é e a educação segue se realizando como subeducação ou semiformação.
Em que pese a articulação e sincronização de todas essas fases pelas tecnologias de informação, as representações pululam em todas as escalas e são fundamentais para dar curso ao processo do capital. Constitui-se um capitalismo de plataformas.
As alienações do corpo, individual e social, no espaço metropolitano seguem confinadas em habitats-condomínios, enquanto a velocidade ocorre entre os motoboys, nos limites da sobrevivência e precarização da própria vida.
A multidão urbanizada e sujeita às formas imperativas do capital dinheiro mundializado vive a pobreza urbana como ritual de destino, preenchido e acalmado através de ilusões religiosas e econômico-políticas: muita reza e trabalhos eventuais, os da sobrevivência modesta da população proletarizada, com a perda fantasmagórica e iminente de trabalho, moradia, educação, saúde ... No campo da reprodução social, a cotidianidade se mantém como representação alienada: a busca da vida normal e segura, diante dessas contingências sociais da urbanização crítica e da metropolização.

Palavras-chave
  • Representações sociais
  • Fragmentações das formas de trabalho
  • Crise das formas urbanas
  • Dialética alienação-desalienação
  • Corpo individual e social