Autor | Mucio Gonçalves |
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Sua instituição | Universidade Federal de São João del Rei UFSJ |
Co-autor | Mauricio Tubio Albornoz |
Instituição co-autor | Universidade de la Republica |
Área Temática | 14. Estudos Sociais |
Título | Trabalho Assalariado Rural e Desenvolvimento Capitalista do Campo: debates clássicos e contemporâneos nas Américas |
Resumo | A modernização capitalista do mundo rural americano foi, durante quase todo o século XX, comparada às experiências europeias. As interpretações clássicas do fenômeno afirmam que o principal movimento do processo modernizador foi a expulsão do campesinato e sua transformação em um “sujeito para o capital” e para o mundo urbano; em contraposição, que a constituição de médias propriedades rurais, articuladas a um mercado consumidor, gerou as condições para o desenvolvimento democrático do capitalismo no campo. Na América Latina, onde o latifúndio associou-se à transição capitalista, haveria a confirmação da existência de uma via autoritária de modernização. Nos Estados Unidos, de uma via democrática. Outras análises exploram a combinação entre transformações na economia e na estrutura das classes, por meio das quais produtores rurais adaptam-se aos objetivos da produção capitalista e aos seus critérios de eficiência e eficácia, contrários à lógica camponesa e familiar. Essas análises examinam criticamente as políticas de desenvolvimento rural e agrícola que degradaram as condições da vida rural a partir do século XX. Porém, tais debates pouco dizem sobre as condições de vida e a identidade da/do assalariada/o rural da América nas últimas décadas, à exceção de trabalhos realizados por pequeno número de pesquisadoras/es. Subordinados aos processos capitalistas de mercantilização e trabalho, assalariadas/os rurais parecem ser marginais no contexto da formação e do fortalecimento da agricultura familiar, não emergindo nos debates relativos ao desenvolvimento. O GT propõe refletir sobre o lugar das/os assalariadas/os no mundo rural e nos processos de desenvolvimento, pressupondo que a existência delas/deles depende de uma multiplicidade de processos materiais e simbólicos derivados da mercantilização das relações sociais próprias do desenvolvimento rural, e que sem o seu envolvimento não é possível constituir projetos alternativos ao modelo dominante de desenvolvimento. |
Palavras-chave |
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