Resumo | O presente trabalho tem como ideia central refletir sobre estratégias pedagógicas críticas e culturalmente relevantes para o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica, a partir de autores e conceitos ligados à Teoria crítica e ao debate decolonial, à luz do contexto brasileiro e afro-americano.
Com base em Smith (2016), Pinto (1999), Tinker (2000), Fin (2015) e Obama (1963), refletiremos sobre as influências da musicalidade africana, especialmente de países da Costa Oeste do continente, sobretudo das regiões da Costa do Ouro e de Congo-Luanda, em alguns gêneros musicais de matriz afro, como os work-sounds, os spirituals, o samba, o blues, o jazz, o soul, o funk, o reggae e o hip hop.
Inspirados especialmente pelo debate a respeito da concepção de educação emancipatória de Adorno (1995) e para Davis (2016), bem como acerca da constituição da identidade e subjetividade dos alunos (MUNANGA, 2011, 2016), discutiremos em que medida práticas pedagógicas que tomem como base a história afro-americana a partir da biografia de cantoras negras promovem um ensino potencialmente crítico e culturalmente relevante, em diálogo, também, com as constatações de Munanga sobre a influência da ideologia do embranquecimento (2004) na construção da sociedade brasileira.
Por meio de biografias de cantoras negras brasileiras e estadunidenses, pretende-se explorar com estudantes do ensino fundamental, público-alvo das pesquisas de campo que desenvolvemos por meio de docências compartilhadas em escolas da rede municipal, tanto a história afro-americana, quanto os elementos culturais africanos e afro-diaspóricos presentes nos gêneros musicais estudados por meio das cantoras selecionadas, tendo em vista a construção de pensamentos e práticas antirracistas, bem como sua contribuição para o empoderamento das adolescentes negras.
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Correções sugeridas | Sugestão de correçoes na redação:
1.os work-sounds, os
2.Inspirados especialmente pelo debate a respeito da concepção de educação emancipatória de Adorno (1995) e Davis (2016), bem como acerca da constituição da identidade e subjetividade dos alunos (MUNANGA, 2011, 2016), discutiremos em que
3.bem como sua contribuição para o empoderamento das adolescentes negras.
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