Dados do autor
Sua instituiçãoPrograma de Pós-Graduação Interinstitucional em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP, PUC-SP) PPGRI-STD (UNESP, UNICAMP, PUC-SP)
País de origem do autorBrasil
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores]
Sua titulaçãoDoutorando
Proposta de Paper
Área Temática16. História
Grupo TemáticoExilios iberoamericanos: entre la resistencia y la represión
TítuloDeterminantes da tomada de decisão: os exilados argentinos no México e suas repercussões nas relações diplomáticas México-Argentina (1976-1983)
Resumo

As migrações forçadas não surgiram no século XXI, nem mesmo a mobilização e organização política de pessoas deslocadas em função de seu engajamento em denunciar ou de se opor a governos que ameaçavam as suas vidas. Um desses exemplos são os exílios das ditaduras civil-militares do Cone Sul, instauradas nas décadas de 1960 e 1970. Forçados a deixarem seus lares, redes transnacionais de exilados se formaram pelo mundo e participaram ativamente da política internacional ao denunciarem as violações de direitos humanos de seus países. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é analisar em que medida ações de atores não estatais podem ou não influir nas relações diplomáticas entre países, tendo como caso a mobilização de exilados argentinos no México e possíveis repercussões de suas ações nas relações diplomáticas México-Argentina no contexto da ditadura argentina (1976-1983). Metodologicamente, analisam-se telegramas entre a Embaixada do México em Buenos Aires e a Secretaria de Relações Exteriores do México. O arcabouço teórico para compreender a temática busca construir diálogos entre os instrumentos da Análise de Política Externa (APE) (usados na compreensão das tomadas de decisão dos diplomatas mexicanos) e os conceitos de ação coletiva e ativismo transnacional das teorias de movimentos sociais (instrumentalizados para avaliar como ações de atores não estatais podem ou não serem levadas em conta no campo diplomático). Propõe-se demonstrar que articulações políticas de pessoas em situação de deslocamento forçado podem influir nas relações diplomáticas interestatais. Resultados preliminares apontam que as relações diplomáticas México-Argentina estiveram balizadas pela temática dos direitos humanos, em particular o caso dos exilados argentinos no México. Ademais, esses países ao tratarem de temas como comércio, economia, e segurança energética enquadraram esses assuntos na problemática dos exílios, substancialmente por parte dos diplomatas mexicanos.

Palavras-chave
Palavras-chave
  • Exílios
  • Ativismo transnacional
  • Análise de Política Externa
  • Relações diplomáticas Argentina-México
  • Direitos Humanos