Dados do autor | |
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Sua instituição | Fundação Getúlio Vargas - CPDOC FGV-CPDOC |
País de origem do autor | Argentina |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Pós-Doutorado |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 16. História |
Grupo Temático | Infancia y sus múltiples historias en las Américas y Caribe |
Título | Escritoras de literatura infantil e justiça social na Argentina e no Brasil, 1960-1970 |
Resumo | Desde a segunda metade do século XIX e ao longo da primeira metade do século XX, a literatura infanto-juvenil foi um campo no qual mulheres que, marginalizadas de outros âmbitos de participação da vida intelectual por serem consideradas incapazes de produzir discursos relevantes na esfera pública e na política, encontraram historicamente refúgio, pelo qual sua escrita teve impacto na vida social e cultural do país e do continente. Embora, frequentemente, as autoras de literatura infanto-juvenil tenham sido consideradas sentimentais, menores, “infantis” e infantilizadas, a escrita dessas mulheres constitui verdadeiros projetos intelectuais pelos quais definiram e redefiniram seu papel como figuras públicas no campo cultural. O presente trabalho analisa obras de uma seleção de escritoras argentinas e brasileiras, incluindo Graciela Montes, Laura Devetach, Ana Maria Machado, Maria Elena Walsh, Lygia Bojunga Nunes e Ruth Rocha, as quais repensaram a comunidade civil como um todo, refletindo sobre a diferença social, racial, de gênero, sexualidade e idade, e intervieram em lutas discursivas sobre a extensão dos direitos, o papel das crianças e dos modelos familiares, a democracia e a liberdade. A partir das décadas de 1960 e 1970, em países como a Argentina e o Brasil, em forma contemporânea com o ressurgimento do movimento feminista, as escritoras de literatura infantil fizeram da literatura infantil uma ferramenta de intervenção. Para essas escritoras, que pensavam a literatura infanto-juvenil menos ligada ao papel de mães e mais à sua vida profissional como escritoras, professoras, artistas, editoras ou jornalistas, a literatura infanto-juvenil foi um modo de repensar os papéis de gênero e sexualidade de reimaginar a ordem político-social. |
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