Dados do autor | |
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Sua instituição | Pontificia Universidad Catolica del Peru PUCP |
País de origem do autor | Brasil |
Dados co-autor(es) [Máximo de 2 co-autores] | |
Sua titulação | Doutorando |
Proposta de Paper | |
Área Temática | 01. Antropologia |
Grupo Temático | Conceptualizar la asimetría y la dependencia inter-indígena en las Américas |
Título | "Os Rios caminham" Espaços sensíveis socializados Tupi-Kukama na Amazônia Peruana |
Resumo | Na América do Sul especificamente na Amazônia peruana os Tupi-Kukama possuem uma dinâmica de reflexão coletiva que criam espaços sensíveis socializados. Nesse cenário existe um elemento primordial à sua existência, as águas dos rios. Elas geram vida, criam sentimentos e afetividades e os coletivos ameríndios dizem que os rios caminham por toda sua área inundável. Dessa fonte de vida surgem as áreas sagradas, conhecidas como mundos encantados e que estão relacionados à existência de cochas, multicochas, pozas, renacos, recodos e árvores sagradas, tais como, a lupuna. A partir de experiências cosmoespaciais, sonoras e iconográficas observa-se que a sociedade Tupi-Kukama transcende as concepções do mundo físico para um mundo paralelo abaixo da superfície da terra e da superfície das águas. Tal vez por isso, deparamo-nos com os corpos de terra, corpos de água e espaços corpos. Essa fonte de dados permitem novas reflexões transversais sobre o aporte teórico e metodológico que abordam a antropologia. Nesse sentido, vemos que é possível realizar um exercício comparativo que promova diálogos entre as áreas da arqueologia, estudos genéticos das plantas, estudos sensoriais e cognitivos. Sendo assim, demostraremos a partir de nossa etnografia realizada durante a etapa de campo financiada pela Beca Legs-LeLong 2017 até os dias atuais, como os Tupi-Kukama interpretam contemporeamente seus modus de habitar na amazônia ocidental entre os rios Ucayali e Marañón. Finalmente, existem inúmeras relações que aceitam refletir sobre as formas de ação e experiência, onde há relações de familiarização, fazendo-nos dialogar com suas respectivas formas de experiência a partir das práticas memoriais, formas de transmissão, abandono, tempo e temporalidade nas terras baixas tropicais. |
Palavras-chave | |
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